Continuando nossa retrospectiva 2015, chegou a vez de parabenizarmos quem mandou bem – e darmos aquele puxão de orelha em quem mandou mal…
Carol Soares
Mandou Bem
Acho que o Lollapalooza está mandando muito bem. Line up, gastronomia e atrações/experiências não musicais.
Tribaltech mandou bem também na comunicação e o Bananada no line up e na proposta de explorar a cidade de Goiânia. O sistema de transporte público para chegar no Rock in Rio funcionou super bem (para mim). Também mandaram bem os festivais que mais valorizaram as minas no line up como o Festival Contato e No Ar Coquetel Molotov.
Mandou Mal
Sónar SP mandou mal. Ficou meio nem lá, nem cá: não foi como nos outros anos, mas também não convenceu como nova proposta ou identidade no Brasil. O acesso – chegada e saída – do Tomorrowland também foi um grande problema.
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Daniel Tambarotti
Mandou Bem
A volta do Sónar ao Brasil.
Mandou Mal
A edição excessivamente tímida e praticamente descaracterizada do Sónar no Brasil. Preços altíssimos para atrações de menos. Não dá nem para saída numa comparação direta com a edição de 2012 (também em SP) do mesmo festival. Esperamos mais, bem mais, em 2016.
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Diego Moretto
Mandou Bem
As ativações de marcas estão cada vez mais presentes em festivais e se destacam como um agregador super positivo durante a temporada. Quando pensado em quem frequenta e quando não poluem o ambiente (literalmente e visualmente), ganham pontos de todos os lados.
Mandou Mal
O Sónar São Paulo poderia ter vestido melhor a camisa do selo catalão e entregado um festival de verdade. No fim, pareceu uma grande festa com atividades extras durante o dia. Não convenceu.
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Franklin Costa
Mandou Bem
Recife, Brasília e Goiânia. Por produzirem alguns dos festivais nacionais mais bacanas deste ano – No Ar: Coquetel Molotov (REC), RecBeat (REC), Federal Music (DF), Bananada (GO) e Tropical Mind (GO).
Rock in Rio. Por seus 30 anos; por criar uma marca tão valiosa que vende até lama; por sua primeira edição em Vegas; por ser um festival capaz de entregar qualidade operacional em uma conta dificílima de ser fechada: segurança, conforto e serviços X quantidade de público X número de dias.
Lollapalooza. Por ser o festival mais contemporâneo de todos, acertando no line-up, nas experiências – Chef Stage, food trucks, Kidspalooza – e presença de marcas na medida certa.
Tomorrowland. Por entregar no Brasil (quase) o mesmo festival que é realizado na Bélgica.
Sónar+D e Sónar Cinema. Belas iniciativas, mas faltou comunicação e integração com o Sónar Club.
Tribaltech, Eletronika e Novas Frequências. Por apostarem na vanguarda musical, produzindo festivais por aqui com artista que a gente só pensaria ver na gringa.
Mandou Mal
Rock in Rio. Uma comemoração de 30 anos merecia um line-up mais especial.
Lollapalooza. Faltou cerveja na segunda noite em vários bares. Falta cerveja = crime capital.
Tomorrowland. É preciso rever a logística de acesso e saída do Maeda, alguns ônibus de excursão ficaram mais de 3 horas só para sair do perímetro da Fazenda.
Sónar. Como o Thump estampou no título de seu review: “Faltou ‘Sónar’ no Sónar”.
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Inacio Martinelli
Mandou Bem
Comidas nos festivais. A grande maioria dos festivais entendeu que a comida nesse tipo de evento não precisa se resumir a um cachorro quente – frio – e pizzas com uma fatia de calabresa. A oferta de alimentos é cada vez maior e a proliferação de food trucks contribuiu bastante para isso. Gostaria de ver mais opções vegetarianas/veganas no ano que vem e preços mais convidativos.
Mandou Mal
Falta de preparo para a chuva. É difícil aceitar que alguns festivais de grande porte não se preparem adequadamente para um clima adverso. A Tribaltech, por exemplo, sofreu muito com a chuva, tendo que encerrar a programação de um dos palcos e mudar diversos artistas de horário.
O Electric Daisy Carnival (EDC) improvisou uma tenda para proteger os DJs da chuva. No meio de um palco com todos os recursos de última geração, ver uma tenda digna das Casas Bahia foi um vexame. Mais uma vez, o local também se transformou em um lamaçal e eram pouquíssimos os lugares cobertos para o público se proteger.
Tirar foto com a bota cheia de lama e postar no Instragam pode ser cool para alguns, mas a verdade é que ninguém curte ficar no meio de um pântano enquanto você está tentando assistir o seu artista favorito no palco. Fica a dica!
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Rodrigo Rodriguez
Mandou Bem
Tomorrowland Brasil, no quesito geral. Desde o Main Stage que foi a réplica do da Bélgica (muita gente duvidava que seria igual), o festival atendeu todas as expectativas do público, emocionou e mostrou um festival grandioso produzido de forma impecável, organizada, com uma decoração linda e sem grandes problemas ou confusões. Só me recordo de boas lembranças em todos os quesitos.
Mandou Mal
Achei fraco o line-up do Rock in Rio. Não vi grandes inovações no evento também, parecia que eu estava na edição de 2011 ou 2013, mesma estrutura, tudo igual.
No Tomorrowland, os problemas para entrar e sair do evento, com engarrafamentos gigantes. A transmissão online do Tomorrowland também foi fraca, não transmitiram diversos palcos como fazem no da Bélgica ou no TomorrowWorld, além de não transmitirem os sets de nenhum DJs brasileiro.
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Vinicius Cunha
Mandou Bem
Em 2015 as marcas souberam aproveitar, sem prejudicar a imagem do festival, as ativações que vão de um simples copo de brinde a um vôo sobre o público diante do palco principal do festival. A publicidade está massiva, mas consegue ser leve e não agredir quem está indo pela primeira vez em um evento deste porte.
Mandou Mal
A volta do Sónar SP poderia ter acontecido de forma mais ativa e vestido com amor a camisa do grande festival de Barcelona. Na Terra da Garoa ele se resumiu a uma versão mega resumida e frustrante para quem é amante de suas atrações e experiência. Bora correr atrás de mais uns patrocínios, apostar em nomes nacionais e ir com tudo em 2016?