Ao lado do Glastonbury (Reino Unido) e Roskilde (Dinamarca), o Sziget Festival, na Hungria, é um dos maiores e mais tradicionais festivais de música da Europa.
Assim como seus pares, ele também carrega em seu DNA uma forte veia política (leia: Glastonbury Escreve Mais Um Capítulo na Discussão Sobre Gênero e Edward Snowden e Direitos Humanos no Roskilde).
Para sua última edição, realizada entre os dias 11 e 18 de agosto, o Sziget abraçou a causa dos imigrantes refugiados. Em nome da solidariedade, os organizadores do festival apelaram aos seus frequentadores para doarem tendas e outros artigos numa iniciativa de apoio aos milhares de imigrantes que cruzam o país em busca de um futuro melhor no espaço da União Europeia. Centenas de tendas, sacos de dormir e roupas ficaram à disposição de quem os necessita.
“É muito importante recebermos a atenção das milhares de pessoas que vão a este festival, já que para muitos destes uma barraca de camping é apenas uma situação temporária, mas para muitos outros é uma forma de segurança e de uma moradia minimamente digna”, afirmou Orsolya Jeney, diretor da Anistia Internacional da Hungria.
Além da lição de cidadania, o Sziget ainda tirou onda ao dedicar uma área do festival para o publico acompanhar os jogos olímpicos. Uma forma inteligente de atrair mais pessoas ao evento, indo além da música, mas sem deixá-la de lado. Imagina curtir as Olimpíadas entre um show do Red Hot Chili Peppers e Disclosure?
Nossa salva de palmas ao Sziget. Que sirva de exemplo aos próximos festivais no Brasil e no mundo!