Muita gente acha estranho chamar um festival que acontece em Portugal de Rock in Rio, mas fato é que o evento já está chegando à sua oitava edição em Lisboa, mostrando como o festival caiu no gosto dos portugueses e se tornou tradição no país.
A primeira edição do Rock in Rio Lisboa aconteceu em 2004, e já contou com um público total de 386 mil pessoas. Desde então, todas as edições acontecem no mesmo lugar, o Parque da Bela Vista, e nunca deixaram de atingir a média de 350 mil pessoas.
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É claro que o Rock in Rio já estreou no Brasil com cara de festival internacional e, assim como outros festivais que nascem e se espalham pelo mundo, é natural ver o evento ganhando outros países. O que chama a atenção nessa expansão, é que o Rock in Rio conseguiu ganhar espaço no mercado europeu, um ambiente disputado e no qual é difícil se consolidar, principalmente porque possui festivais grandes e muito tradicionais.
Mas, qual o segredo para um festival brasileiro ganhar o coração lusitano?
A escolha do país e o público-alvo
Embora já tenha acontecido também na Espanha e nos Estados Unidos, a primeira aposta do Rock Rio para se internacionalizar foi Portugal. Roberto Medina nunca deixou muito claro o porquê da escolha do país, mas especula-se que ela tem a ver com o fato do festival contar com artistas brasileiros que fazem sucesso em Portugal.
Esse ponto tem tudo a ver com o público-alvo: o Rock in Rio Lisboa é muito mais voltado para brasileiros e latinoamericanos que estão em Portugal e em países vizinhos, que exatamente para o público europeu.
É característica do Brasil e dos países da América Latina essa paixão por bandas mais tradicionais, artistas mais velhos, e que estão sempre no lineup do Rock in Rio, como Metallica, Guns N’ Roses e Iron Maiden.
Entendendo o mercado e se modernizando
Foi-se o tempo em que o país tinha pouca relevância no cenário dos festivais europeus, como vemos com a crescente de outros eventos por lá, como o NOS Primavera Sound. Por isso, depois de se estabelecer no cenário português, o festival entendeu que é preciso estar sempre de olho no mercado e seguir suas tendências.
Um exemplo dessa modernização pela qual passa o Rock in Rio é o seu lineup da edição 2018. Muse, Bruno Mars, The Killers, Demi Lovato e Katy Perry são alguns das principais atrações desse ano, mostrando que o foco em artistas tão tradicionais está mudando.
Ainda assim, a aposta é em artistas populares e que garantem um grande público, como faz o Lollapalooza principalmente em suas edições fora dos Estados Unidos.
Até mesmo os artistas brasileiros convidados neste ano já apontam o foco para uma nova geração, caso de Anitta e Anavitória.
Além disso, o Rock in Rio Lisboa segue algumas tendências de outros festivais, com espaços dedicados a experiências que ganham cada vez mais destaque nesses eventos. O lançamento do Time Out Market Rock in Rio, primeiro pop-up do food hall implementado no Mercado da Ribeira e que estreia no Rock in Rio Lisboa. Com capacidade para 450 lugares sentados e de acesso controlado, o espaço conta com 14 restaurantes e um bar central, num espaço cuja área é superior a 1.000m2.
Assim, não é difícil ver que a consolidação do Rock in Rio em Portugal é forte, e que o festival sabe o que fazer para se manter a longo prazo no país. Não à toa, o destino tem crescido como escolha até mesmo de brasileiros.
Vida longa!