No último dia 31 de agosto o Festival Sarara, em Belo Horizonte, chegou na sua 6ª edição com um saldo pra lá de positivo. Foram 6 meses de pré-produção, onde a equipe de comunicação do festival buscou entender cada erro da edição de 2018. Dessa forma, foi possível melhorar em vários aspectos.
Uma das principais reclamações que o festival recebeu da sua edição de 2018 foi quanto aos shows que rolavam ao mesmo tempo nos palcos. E, também, a longa caminhada de um palco para outro. Para resolver esse problema o festival colocou os dois palcos do festival um ao lado do outro. Assim, as pessoas não perdiam nenhum minuto dos shows dos seus artistas preferidos.
Antes de continuar a leitura, uma perguntinha: topa viajar com a gente para uma cidade e um festival dos sonhos? Conheça os próximos destinos OCLB travel: SXSW (Austin), Sónar (Barcelona) e Primavera Sound (Barcelona).
Como foi o Festival Sarará 2019
Um festival que abraça todas as tribos e tem como energia o amor e a diversidade. E, claro, não podia faltar atrações que representasse tão bem essa vibe. O lineup foi um dos grandes destaques que reverberaram durante meses na cidade e foi lindo ver a alegria da galera por curtir ao máximo o festival.
O rapper Djonga foi um dos shows mais enérgicos, ao lado do mestre Mano Brown. Os dois colocaram alguns pontos de reflexão sobre o atual cenário político do país para o público. Além disso, cantaram letras marcantes do dia a dia das população que vive nas regiões periféricas. Os dois cantaram também sobre questões raciais enfrentadas por eles na sociedade.
Já o gênio Baco Exu Blues veio com uma mensagem imersiva em forma de rap.
A recifense Duda Beat trouxe o techno brega, gênero super em alta e sacudiu o público que cantou junto seus maiores sucessos. Duda convidou Pabllo Vittar ao palco para uma participação especial. A galera foi ao delírio.
Já a nova geração pop-rock-reggae esperava ansiosamente pela banda mineira Lagum. Eles levaram pro palco a participação especial da cantora Iza. O hit “Pesadão” sacudiu a pista.
Debaixo de um sol de quase 32º graus, a cantora Letrux abriu o Festival Sarará com um show bem divertido. Ao seu lado a rainha Marina Lima subiu ao palco para uma participação especial.
Já Silva fez um show relax, com a sua voz mansa e suas músicas com pegada mais tranquila.
Já era noite quando o baiano Russo Passapusso e a percussão do BaianaSystem apontaram no palco para um show apoteótico para quem estava na pista. De cima dava para ver que a galera estava super em sintonia com a banda.
Gilberto Gil, o grande mestre da música popular brasileira, fechou o lineup com chave de ouro. O show foi incrível e emocionou e encantou à todos.
As Ativações do Festival Sarará
A 99 foi patrocinadora master do festival, assinando o Palco Conviver 99. Já a cerveja oficial era a Devassa, que assinou o palco Tropical Transforma. A marca ativou também a sua Rádio Tropical Transforma, que roda o Brasil em alguns festivais. A Tenda Despertar foi assinada pelo núcleos 101ø e Alta Fidelidade.
As marcas de apoio do festival foram: Zuur Gin, Xeque Mate, Red Bull, Mineirão e Sympla.
99
Como patrocinadora oficial as entregas da 99 estavam bem legais. Para o público chegar no festival rolou um código de desconto para usar o aplicativo. Logo na entrada a galera recebia alguns brindes, como porta documentos, copo e uma pulseira que dava direito ao voo de balão como fast pass.
Devassa
A cerveja oficial do festival não brincou em serviço. No espaço onde estava instalado a Rádio Tropical Transforma a marca recebeu os artistas para uma breve entrevista após os shows. O público podia chegar mais próximo e tirar foto. Também era oferecida uma área de descanso pra galera relaxar e ficar na sombra, já que o calor foi bem forte durante toda a tarde.
Para refrescar, era oferecido um ponto de água free dentro do festival. Um erro nesse ponto de água foi colocá-lo somente na área open bar. A galera da pista era bem maior e um ponto de água free para essa área também era essencial. Vale pensar melhor nessa logística para o próximo ano!
Zuur Gin
O Zuur Gin tinha três opções de drinks personalizados bem refrescantes. O copo era reciclável e tinha uma mensagem personalizada. O meu, por exemplo, tinha “Dona de mim e do meu copo também”. Achei foda os detalhes de cenografia dos bares, com paletes de madeira + luminosos. E claro, os drinks estavam uma delícia!
Xeque Mate
A bebida sensação de BH chegou com tudo no festival. A marca entregou vários brindes para o público, bandanas, fitinhas personalizadas e bótons. Em um determinado momento na pista era possível ver as bolas infláveis gigantes do xeque mate subindo e descendo no impulso da galera.
Red Bull
O famoso tropical gin (gin + Red Bull tropical), drink do verão da Red Bull, tinha um bar gigante e lindo posicionado bem onde rolou um pôr do sol incrível. A Red Bull também estava presente no camarote do festival com um bar personalizado.
Mineirão
Junto com a produção do Festival Sarará, o Mineirão criou um espaço para fotos e distribuição de fitinhas. Era possível escolher o texto entre paz, diversidade, cultura, entretenimento, educação e amor. Além disso, o espaço tinha alguns adesivos espalhados pelo chão com QR Code que abria o mapa do festival e uma mensagem especial.
Sympla
A plataforma de vendas Sympla instalou um uma ativação com alguns balanços e várias fitas coloridas ao seu redor para a galera se jogar e tirar várias fotos.
Arte de rua e painéis artísticos
O pessoal do museu de rua mandou ver no live painting em alguns pontos dos festival. Os lambe-lambe também foram o auge do festival em pontos estratégicos para fazer aquele carão e caprichar na foto!
Redução de danos e acessibilidade no Festival Sarará
Talvez esse tenha sido o local que mais me chamou a atenção. Um festival de música brasileira com redução de danos? Fiquei me perguntando isso em vários momentos. Mas ai vamos abrir a cabeça né… não é só na música eletrônica que a galera mistura os tóxicos.
E eu particularmente achei incrível essa ideia de redução de danos no festival. Seja livre para usar o que quiser mas tenha sempre a consciência que misturar substâncias nem sempre é legal.
Além disso, o festival levou durante toda a sua campanha a mensagem, “Para Cego Ver”. Foi disponibilizado um ponto de tradução em libras para o público deficiente visual. E para surdos em todos os shows aconteciam tradução em libras das músicas.
Ahh e não para por aí… os bares do Sarará receberam de braços abertos o público trans para que eles pudessem ter uma oportunidade digna de trabalho.
Para comer e relaxar
Para matar a fome, eram oferecidas várias opções de food truckdentro do festival. Desde empanadas, hambúrguer, açaí, cachorro-quente, espetinho até mexidão. Nomeado de Saralica, a área também tinha lugares de descanso para a galera!
Já em relação ao descanso, a área do open bar deixou a desejar nesse ponto. A galera que queria dar uma descansada teve que se ajeitar no chão ou tentar a sorte no único ponto de descanso no fundo da pista. Haviam algumas mesas com cadeiras próximo aos food trucks mas estavam sempre cheias!
Já no caminho para a Tenda Despertar a galera podia desfrutar de outra área de descanso. Um ponto crítico do festival na minha opinião, porém, foi não poder sair com bebida da área open bar e não ter um ponto de bar para essa galera na pista premium, pista normal e Tenda Despertar.
Restrições e desperdício no open bar
A questão do open bar é um assunto bem delicado. Ao não permitir sair com a bebida você acaba abrindo chance para um desperdício gigante. Presenciei várias vezes pessoas jogando copos cheios no lixo para poder descer e curtir algum show.
Depois de um certo horário foi liberado descer para a pista com bebida. Mas vale repensar a estratégia para o ano que vem. Ter um ponto de bar na pista premium para quem era da área open bar seria o ideal.
Conclusão Final sobre o Festival Sarará
O Festival Sarará, com certeza, melhorou várias questões das suas edições anteriores e fez um entrega surpreendente para as quase 40 mil pessoas que marcaram presença.
Agradeço as idealizadoras do festival, Bell Magalhães e Carol de Amar, por lutarem bravamente para levantar esse festival em BH mesmo diante de todos os cortes que a cultura sofreu no atual governo. Elas foram abertas e pensarem fora da caixa junto com toda a equipe da produtora Macaco Prego. E, mais uma vez, foi possível ver que a união faz toda diferença e que todas as ideias são bem vindas. BH agradece pelo festival lindo que foi o Sarara. Vocês são foda.