Review: Eletric Zoo 2015 – Transformed, Nova York


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Pela sétima vez em Nova York, o Electric Zoo aconteceu no penúltimo fim de semana na Randall’s Island (entre o Harlem e o Brooklyn) com o tema Transformed. Produzido pela ID&T (mesma produtora do Tomorrowland), a idéia era uma grande transformação baseada na fênix, onde a mesma saía das cinzas e se libertava (meio louco, não?).

Com a entrega das pulseiras na casa dos participantes que compraram os ingressos com antecedência, o evento fez com que não houvessem filas no acesso. Com um sistema “cashless” patrocinado pela Mastercard, a pessoa recebia em casa a moeda oficial chamada 5EZ e assim podia se planejar com o custo que teria lá dentro, além de não ter que levar tanto dinheiro ou não se preocupar em usar o cartão de crédito.

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Pulseira do Electric Zoo

O Uber foi outro patrocinador, que disponibilizou um stand para novos usuários conhecerem os serviços da empresa e se cadastrarem dentro do festival. Ao sair de lá, era possível pedir um carro que buscava as pessoas na saída do ferry ou no fim da ponte que dava acesso ao evento, além deles darem US$ 20 de desconto na primeira corrida.

O evento em si já começava nas balsas, com muita gente fantasiada, música alta nos celulares, dançando em pequenos docks. Os seguranças e organizadores de filas eram sempre muito solícitos e brincalhões também.

O uso excessivo de drogas – depois de 2 anos com diversos problemas no festival – e a baixa da temperatura na cidade resultaram no cancelmento do último dia do Electric Zoo.

Sobre o line-up

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Chegando ao evento, com brisa do mar e vista imponente para os prédios arranha-céu de Nova York, havia 4 tendas: Main Stage, Sunday School, Mastercard Hilltop Arena e Vitamin Water. Cada uma voltada para um segmento da música eletrônica.

Na Main tocava EDM, Sunday com house e techno, Mastercard com trap, dubstep e trance e Vitamin com os DJs em ascensão da cena local nova iorquina.

Palco Riverside

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O momento da chuva de papel picado

No primeiro dia de evento, a dupla Chemical Brothers foi a headliner do Main Stage. Iniciando o show com a clássica “Hey Boy Hey Girl”, teve um grande investimento da produção em iluminação e efeitos especiais. O show, dividido em duas partes bem diferentes, apresentou no início faixas conhecidas e em novas versões como “Galvanize“, “Saturate“, “Do It Again” e “Block Rockin’ Beats“. Em seguida, apresentaram as faixas do novo álbum, “Born In The Echoes”, lançado neste ano, com músicas como “Go” e “Sometimes I Feel So Deserted” numa apresentação impecável onde era impossível deixar qualquer um parado.

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The Chemical Brothers e sua faixa “Go”

O segundo dia trouxe Above & Beyond como atração principal. Eles foram tocar mesmo sabendo do falecimento de um familiar querido deles. Responsáveis pelo hino do festival, a faixa “Fly To New York” levou muitos fãs ao delírio, além do momento que eu e meus amigos chamamos de “push the button” dentro do set deles, com a música “King Of The Day”. Nessa hora, eles escolhem alguém da platéia para ter a honra de estar ao lado deles e dar o play nos CDJs. Esse momento foi bastante esperado e compartilhado nos mais diversos grupos do festival nas redes sociais.

O terceiro dia trouxe o DJ e produtor Alesso, que fechou o festival com um set cheio de hits próprios como “Cool” e “Heroes“, além de mash-ups que costumamos ouvir em seus shows.

Além das principais atrações, vi algumas que me chamaram atenção como Claptone, Thomas Jack, Sam Feldt e Robin Schulz, esses dois últimos dois grandes nomes do tropical house, segmento que vem crescendo a cada dia em todo o mundo. Sam abriu seu set com hits atuais como sua versão para “Show Me Love” e Claptone teve o auge ao tocar seu remix para “Liquid Spirit“, de Gregory Porter.

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Keys N Krates levou muita gente bonita e seu som barulhento e empolgante do dubstep para a Hilltop Arena.

Don Diablo, Deorro, Oliver Heldens, 3lau, Nervo e Zaxx representaram a EDM, assim como todos têm mostrado nos palcos dos principais festivais de música eletrônica mundial.

Hot Since 82 fez o público ir ao delírio com seus hits e uma mistura de deep house e techno.

RAC mostrou porque é considerado um dos grandes nomes da cena cool eletrônica atual com um set que me lembrou muito o clima do Coachella.

Adam Fitzpack e Adam Bauer deram uma aula de techno na Sunday School, uma das tendas mais disputadas. Eles foram eleitos pela DJ Mag como um dos 20 melhores DJs do segmento esse ano.

Destaque também para Martinez Brothers, que abriram o show de Above & Beyond.

O hit “Treasured Soul” de Michael Calfan foi mais uma vez tocado por muitos DJs (ela foi uma das faixas mais tocadas do Tomorrowland Brasil, Bélgica e do EDC Vegas). “Deep Down Low” de Valentino Khan também.

Ativação de marcas e patrocinadores

Nunca fui a um festival com ações de patrocinadores tão bem pensadas como no Electric Zoo. A T Mobile montou um lounge de 3 andares ao lado do Main Stage, além da área vip. Quem era cliente da operadora tinha direito a filas preferenciais, além de ganhar um carregador móvel. Quem é festhunter sabe que é fundamental ter bateria para filmar e compartilhar os melhores momentos do evento. Ponto para a T Mobile!

Além dela, a Mastercard – bandeira que tem estado presente em diversos festivais – patrocinou a tenda voltada para o trap e o dubstep. Havia uma área vip também para portadores do cartão dentro da arena, assim como distribuição de pochetes com a logo da marca e do festival.

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