Glastonbury: bandas definem a história do festival


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(update: 29/06/2015)

OH YES! Tudo bem que por aqui o inverno já-está-entre-nós, mas no velho continente a estação mais desejada do ano começou a todo vapor trazendo os festivais mais badalados da temporada de verão europeu. E na semana passada rolou o grandioso Glastonbury, o nosso Glasto. O festival acontece em uma fazenda na chuvosa Inglaterra, já tem mais de 40 anos (!!!) e é referência quando falamos de estruturas de festivais e line ups convidativos.

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A edição 2015 começou na quarta-feira 24 de junho e foi até o dia 28 com grandes artistas como Kanye West e a Florence com a sua Máquina – que foi promovida à headliner após o Foo Fighters cancelar a apresentação (se cuida Dave!).

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O Glastonbury é sem dúvida um dos maiores e mais históricos festivais do mundo, atraindo artistas a partir de uma variedade de diferentes sub-gêneros, sempre com uma curadoria especial. Não temos palavras para definir a importância do Glasto, então separamos alguns momentos especiais e únicos que ajudaram a construir a importância do festival. Faça como a Arya Stark e venha curtir!

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The Smiths-headliner “conquistando” o público (1984)

Há 30 anos, o Glastonbury era reconhecidamente um festival alternativo. Então quando eles escalaram os já grandes The Smiths como headliner, a galera torceu o nariz por a banda ser muito popular. Isso até os caras entrarem no palco e fazerem um dos maiores shows da história do festival. A galera delirou e, a partir daqui, o formato do Glastonbury mudou para não-exclusivamente-alternativo.

https://youtu.be/ZbWwENeR3rQ

Orbital evangelizando geral (1994)

O grunge e o rock ainda imperavam, exclusivamente no festival. A música eletrônica não tinha vez nem ali e nem em outros festivais de música que não fossem especificamente voltados ao gênero. Isso até o Orbital subir no palco e transformar o festival em uma verdadeira rave. Desde então, os organizadores mantem uma parte do line up dedicada à música eletrônica.

O clássico debut do Radiohead como headliner (1997)

Apenas semanas depois de ter lançado o icônico OK Computer, o Radiohead subiu no palco e apresentou um show sublime. Desde então, o Radiohead conquistou o reinado cult que habitam até hoje. O Michael Eavis, um dos fundadores do festival, defende esta como uma das melhores apresentações de um headliner em toda a história do festival. PENSA!

O mestre David Bowie retorna à casa (2000)

29 anos depois de se apresentar no festival e celebrando a chegada do milênio, um cabeludo David Bowie foi recebido por uma multidão em polvorosa com a sua presença. Modesto, o músico confessou ficar surpreso com a recepção. Para muitos, essa é a apresentação mais icônica de toda a historia do Glasto – inclusive para o próprio Michael Eavis. Alguém duvida?

Finalmente, um Beatle como headline (2004)

Após 34 anos de festival, o ex-Beatle Paul McCartney é a atração principal do Pyramid stage – o palco principal – em um sábado memorável, com dezenas de milhares de fans, de todas as idades, cantando hits após hits em uníssono. Belo!

Muse conquista o mundo (2004)

2004 foi realmente o ano em que o Muse saltou de banda alternativa para novo fenômeno da música mundial. E a apresentação energética no Glasto foi fundamental para essa conquista. A banda apresentou um show fenomenal, com muitas luzes e efeitos. Mas o que mais chamou a atenção dos presentes, foi o desempenho surpreendente do Matt Bellamy e companhia. O público ficou enlouquecido, pessoas passaram mal e a apresentação foi escolhida a melhor daquele ano – dados NME.

Novos rumos com o Jay-Z (2008)

Quando anunciaram o rapper americano como headliner, a crítica caiu em cima dos organizadores, afinal, um artista de hip-hop como headliner não condizia com a síntese do festival. Até o Noel Gallagher meteu o bedelho para reclamar. Mas quem riu por último foi mesmo o Jay-Z: aclamado pelo público e tirando onda com o Noel, tocou e cantou Wonderwall (hiper-hit dos Oasis) em um momento que já nasceu clássico.

https://youtu.be/Z9eT0LJ9vE4

Blur em casa (2009)

O Blur dispensa apresentações, imagina então para os britânicos. Em clima de celebração do Britpop, os ingleses voltam ao festival 11 anos depois com um setlist repleto de hinos e hits cantados – em toda a sua totalidade – pelas dezenas de milhares de fans que acompanharam o show e fizeram até o fofo do Damon Albarn chorar na linda ‘Tender’.

Girl Power (2011)

Assim como o marido Jay-Z em 2008, Beyoncé foi condenada por vários céticos que iam contra a sua escalação como headliner no festival – alegaram que o R&B não pertence ao Glasto. Ela foi a primeira artista feminina a ser escalada depois de vinte anos – antes tinha sido a Suzanne Vega, em 1989. Mas a estrela silenciou todos os críticos com uma apresentação bombástica, que fizeram os mais de 50 mil presentes se renderem aos talentos da diva e até a chorar em “Halo” – lágrimas escorriam pela baladinha e também pelo fim do festival que só voltaria dois anos depois.

https://youtu.be/lv9RWvOp6Ds

Rolling Stones como reis (2013)

Depois de um ano de folga em 2012, o festival voltou com um line up incrível e muito elogiado. Não é para menos, os grandes Rolling Stones fariam uma performance inesquecível, em alta voltagem. O festival voltou a respirar o ar puro do rock and roll e a banda surpreendeu com um desempenho que desafiava a idade dos integrantes.

Kanye-Polêmica-West (2015)

Não deve ter sido nada fácil para o ego do nosso querido rapper Kanye West os ataques que o seu nome (e do próprio festival) sofreram após o anuncio do músico como headliner. Até um abaixo assinado foi criado pelos entusiastas xiitas do Glasto para tirar o artista americano do line up. Mas West transformou essa ira recebida em motivação e entregou um show apoteótico, com mais de 30 músicas, presença do Bon Iver e um epílogo ~genial com um trecho de “Bohemian Rhapsody – clássico irretocável do Queen.

https://youtu.be/ccgzG2SBj1Q

Dalai Lama comemora 80 anos no palco do Glasto com a Patti Smith. (2015)

Sim, acredite. Sem dúvida um dos momentos mais mágicos de toda a história do Glastonbury. Durante a apresentação (já incrível) de ninguém menos do que Patti Smith, eis que o grande líder espiritual Dalai Lama sobe ao palco para ouvir de Patti um poema escrito por ela para o tibetano. Como se já não bastasse, a cantora puxou um coro de dezenas de milhares de vozes para cantar “Parabéns pra Você” para o líder, que faz 80 anos em julho. Até bolo de aniversário rolou!

https://www.youtube.com/watch?v=2XPO8B2QZ1g

PULSO BIS

Se tem uma característica conhecida do fabuloso Glastonbury, são as suas chuvas torrenciais em diversos momentos do festival. Sim, é verão, mas é Inglaterra. Abaixo, o show completo de uma artista que já nos deixou. Amy Winehouse já colhia os louros do seu estrondoso sucesso e, debaixo de chuva, fez um show lindo. Vinho, piadas e muito talento. Para sempre em nossa memória.

https://youtu.be/QMIM0uaqhaQ

 

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