Enquanto no Brasil começamos uma nova era de ouro dos festivais de música, no Reino Unido essa indústria vem colhendo bons frutos há alguns anos.
A maioria dos festivais independentes de pequeno porte atrai não mais que algumas poucas milhares de pessoas por edição, mas nos últimos cinco anos esse grupo foi responsável por gerar mais de £1 bilhão (aprox. R$ 4.78 bilhões) para a economia local, segundo levantamento apresentado pela Associação dos Festivais Independentes (AIF).
O relatório informa que, somente em 2014, aproximadamente 635 mil pessoas participaram dos 50 festivais que fazem parte da associação, cujo o número de participantes varia de 50 mil (Bestival, em Isle of Wight) a 5 mil (ArcTanGent, em Bristol). Como resultado, £296 milhões (R$ 1.4 bilhões) foram injetados diretamente na economia do Reino Unido.
Outro dado interessante foi a variação de preços dos festivais, que subiu em média 6.3% anualmente desde 2008 (importante destacar que a média da inflação no Reino Unido neste período foi praticamente zero).
Os critérios para definir um festival independente não são muito claros. Segundo o artigo publicado pela Billboard, um evento deste tipo é aquele administrado por um grupo com no máximo £755 milhões de turnover, ou seja, o volume de negócios de uma empresa em um determinado período de tempo (neste caso, um ano). Mas é brilhante haver um órgão para levantar essas informações. É o primeiro passo para o desenvolvimento de qualquer indústria.
O fundado da AIF é o produtor, DJ da BBC1 e fundador do Bestival, Rob da Bank:
Wow! Quem iria imaginar que nossa pequena organização, que começou com cinco promotores de festivais em um café, se tornaria uma força econômica capaz de gerar mais de um bilhão de libras para a nossa economia nos últimos quatro anos…
Reino Unido ou Brasil, o ditado continua o mesmo: é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Fonte: Billboard