Ao me aproximar dos portões de entrada no Sónar de 2013, com aquele frio na barriga típico de quem está a apenas poucos metros do lugar que esteve meses esperando para chegar, ouço de longe o produtor francês Sébastien Tellier tocar La Ritournelle. A música, além de linda, é especial, pois esteve na trilha sonora do meu casamento. Com os olhos marejados de emoção, já tinha a certeza de que aquele festival seria inesquecível.
São momento como esse que fazem dos festivais experiências únicas, quase mágicas. Embora sejam hoje eventos transmidiáticos, com enredos ampliados e continuados perpetuamente através de vídeos, fotos, jogos e produtos para consumo, a música ainda é a grande catalisadora de emoções.
Foi aliando música e tecnologia que a empresa de telefonia belga Base em parceria com o Spotify, emocionou os participantes de festivais ano passado. Imagine que, ao entrar no festival, você fosse reconhecido e seguido por um drone tocando uma de suas músicas preferidas. Este era o Party Drone, composto de um amplificador e três caixas de som, produzindo em alto e bom som 450 watts de potência para cada um dos participantes selecionados.
Parecia mágica, mas na verdade, durante a compra dos ingressos, as pessoas adicionavam sua música preferida em uma playlist do Spotify. Com essa informação no cadastro, ao retirar o ingresso na bilheteria do evento, a música era reconhecida pelo drone, que seguia você até a entrada do festival. Segundo a agência que idealizou a ação, 22.407 pessoas registraram para o período de teste do BASE+Spotify Premium. Em média, esse valor foi 45% maior do que os registros das campanhas anteriores. Nada mal, hein?