A melhor notícia de 2016 foi que em 2017 teríamos a primeira edição do Dekmantel Festival no Brasil.
O evento-mãe, que rola em Amsterdam e chegou à sua quarta edição em 2016, já é considerado um dos mais conceituados festivais de música eletrônica do mundo porque vem conseguindo aliar um lineup variado e respeitadíssimo, local impecável (um parque com muito verde nos arredores de Amsterdam), clima intimista (lotação total: não ultrapassa 10 mil pessoas) e conforto para o público (sem filas nos bares! Banheiros limpos e sem perrengue!). Fiz um review aqui pro Pulso, confere lá.
Portanto, é com muita ansiedade e expectativa que espero a chegada do Dekmantel ao Brasil. Tá com cara de que vai ser fodão. Abaixo vai um guia do que é imperdível no lineup entre as atrações gringas. Mas calma que logo, logo falamos dos brazucas desta edição por aqui também.
Vem comigo! =D
Nicolas Jaar
É a principal atração da edição brasileira. Vai apresentar no festival seu live novo, baseado em ‘Sirens’, seu EX CE LEN TE álbum lançado no ano passado.
Lena Willikens
Fez o melhor set (pra mim) da edição do Dekmantel em Amsterdam: estranho, percussivo, um pé no techno, outro no electro, com ares vintage. E sem perder a pista de vista, com domínio técnico impressionante. Estou sedento por tudo isso de novo. Não perco por nada.
Moodymann
Outro gigante dessa edição. Dono de clássicos da house e do techno, traz toda a história de Detroit nos ombros. Tem cara de que vai promover um bailão black com muito funk, disco e house. E, como de costume (tomara!), vodka para a galera da primeira fila. O problema é o seguinte: o horário dele bate com o da Lena Willikens. Infelizmente é isso: mesmo horário. Fudeu, não sei o que fazer.
John Talabot
Se fizer um set melódico, cheio de texturas e samples vocais como os das suas produções em estúdio, pode ser o grande nome do evento.
Jeff Mills
Nome fundamental do techno, inovou onde foi possível e influenciou meio mundo. Respeito muito. Quem nunca viu, vale ver. Mas, confesso que, apesar de toda sua importância, os sets de Mills são praticamente os mesmos há tempos: techno de 134 bpm com ‘The Bells’ salpicada ali no meio, tudo acelerado e flat, sem grandes variações.
Ben UFO vs Joy Orbison
A dupla vai repetir a dobradinha que vem fazendo há algum tempo. O back2back deles na edição de Amsterdam foi um dos melhores do festival.
Nina Kraviz
Diva polêmica, vem trazendo na bagagem um set de techno pesadinho (se repetir a performance que fez no Dekmantel Amsterdam em agosto passado) e muitos elogios ao volume 91 da série Fabric, mixado por ela e que entrou em quase todas as listas de melhores de 2016.
Ben Klock
Um dos nomes mais populares desta edição, vai encerrar o Main Stage no sábado à noite. É lenha!
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Outros nomes que valem (muito) conferir
Kornél Kovács – Um dos destaques da música eletrônica em 2016 com o disco ‘The Bells’. Nunca o vi fazendo DJ set, mas levo fé.
Hunee – Faz parte da gangue holandesa do evento. O Dekmantel foi concebido e criado por um grupo de amigos da Holanda e sempre traz em seus lineups uma quantidade considerável de nomes daquele país. Tem um álbum muito, muito, muito bom no currículo lançado pelo selo Rush Hour: ‘Hunch Music’.
Makam – Da trupe holandesa, talvez seja o que mais me agrada. Tem um pé (mas não muito) na estranheza que me pega pelo pé. Olha que maravilha é ‘What ya Doin’’. Ou ‘Girls Night’.
Palms Trax – Também da trupe holandesa, sempre recheia seus sets com bastante groove, deixando o clima sempre animado, pra cima.
Tom Trago – Nome importante da cena em Amsterdam, sempre arrasta muita gente em seus sets. Pode ir da disco ao techno, por exemplo. É um nome que vale ficar atento.
Helena Hauff – Injetou sangue novo na cena techno em 2015 com o álbum ‘Discreet Desires’. Fez um back2back com Ben UFO no Sónar Barcelona 2016. Se mantiver o mesmo clima, é paulada na orelha sem dó.
Awesome Tapes From Africa – Começou como um selo, hoje é também a alcunha do DJ, produtor, colecionador e o escambau Brian Shimkovitz. Como o nome sugere, beats fora do eixo house/techno usual.
Fatima Yamaha – Ouvir ‘What’s a Girl To Do’ ao vivo é realmente um momento bacana. Vale conferir o cara (sim, Fatima é ele).
Orpheu The Wizard – Idealizador da Red Light Radio, tem uma bagagem musical que impressiona. O set que vi dele lá em Amsterdam, ainda de dia, quase enfiado no meio de uma floresta, foi elegante e cheio de groove. Olho nele.
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Já estou me alongando demais… Poderia me estender infinitamente e falar do lineup inteiro, uma vez que uma seleção dessas é para entrar para a história dos festivais de música eletrônica já feitos no Brasil.
Vai de cabeça aberta e experimenta o que conseguir, tem muito mais coisa bacana. Tanto que preparei uma playlist com 120 músicas e 12 horas com o som da galera que vai tocar neste festival. Se liga e aproveita pra seguir o spotify do Projeto Pulso!