Você se sente frustrado porque não foi ao Woodstock? Não se sinta. A beleza da cultura do amor livre e das distorções inesquecíveis deram espaço para a onda de tecnologia em prol da sua felicidade nos dias de festival. Outros tempos.
E não estamos falando apenas do número de fotos que você envia para o Instagram durante o evento ou da luta por um Wi-Fi na área. A tecnologia tem jogado bastante a favor de uma experiência especial na hora de curtir um festival e, quem diria, as pulseiras estão revolucionando a forma como você se conecta, compra ou interage no mundo online – mesmo estando “off-line”.
A última edição do Tomorrowland-Bélgica, elevou a outro nível a conectividade entre as pessoas que frequentaram o festival. O Tomorrowland já é conhecido pelo seu grandioso line up e pela cenografia impecável. Mas agora não só por isso. Desde o ano passado, os ingressos do festival-sede vêm em forma de pulseiras com diversos recursos emocionantes. No lado processual, essas pulseiras possuem as informações do bilhete pessoal, o que ajuda os frequentadores do festival a encontrar a sua entrada e afins. Isso não apenas ajuda a resolver o problema de bilhetes perdidos, como também contribui para uma causa sustentável, já que economiza papéis. Além disso, você pode usa-las para comprar alimentos e bebidas – de acordo com o saldo que você pagou para ter.
O Tomorrowland – assim como a maioria deles – é um festival onde você está incrivelmente propenso a conhecer pessoas-peguetes novas e fantásticas. Antes, ficavam apenas nas boas memórias. Hoje, um contato que pode ser para a vida inteira. Isso porque, nessas pulseiras que o festival distribui, você podia se conectar com as pessoas por meio apenas de um botão. Uma bela de sacada! Batizada de one-of-a-kind (algo como ser especial, único), a pulseira – quando em contato com outra que você queira manter uma amizade– enviava um email com todas as informações do contato desejado, tudo após um clique no botão-coração da pulseira remetente. A única coisa que você precisaria ter feito era configurar o seu perfil no Facebook durante a ativação da pulseira. Além disso, as luzes acendem em horários pré-programados (ou tbm apertando um simples botão) para dar vazão aquela catarse mágica no clímax do set do seu artista favorito. GE-NI-AL.
Mas isso não se resume apenas a ‘novos contatos’. Outros grandes festivais como o Coachella, Bonaroo e o Lollapalooza (LollaCashless) também já adotaram uma pulseira inteligente que você se registra on-line e que não só lhe dá acesso a descontos em mercadorias ou acesso a setlists de artistas, mas também permite que o festival saiba que você já chegou (???) enquanto atravessa os portões. Além disso, você também pode carregar o dinheiro na sua pulseira, como um cartão de crédito, tendo uma experiência mais segura no festival, sem ter que se preocupar em perder a sua carteira ou passar horas na frente de um caixa eletrônico – quanto tem. Saiba mais sobre a tecnologia das pulseiras (RFID) aqui.
Outro grande exemplo de como a tecnologia melhora a sua experiência em festivais foi a campanha do Spotify, We Were There, durante o Coachella. Essa experiência interativa permitia que os participantes usassem as tais pulseiras para captar as músicas tocadas no festival e com elas criar playlists que mais tarde poderiam ser compiladas e compartilhadas com os seus amigos. Com certeza essa é uma forma eficaz de envolver os festivaleiros com o serviço de streaming. É a experiência do off-line se estendendo perfeitamente com o on-line.
Finalizando o assunto pulseiras, o festival SXSW apresentou as suas hypadas wearables, onde se media interações em tempo real com conversão de dados, além de acompanhar movimentos e a temperatura da pessoa, além do volume do local. Se o sistema constatasse que você estava dançando há um bom tempo, recompensas – como bebidas – eram desbloqueadas.
https://www.youtube.com/watch?v=qhFgzCPMMsY
Já estamos na era em que a experiência de curtir um festival não se restringe apenas a escutar música e ver o seu ídolo. As atuais experiências procuram não atender apenas a esses sentidos, mas todos os cinco. Aqui no Brasil, não tivemos bons exemplos de uso dessas pulseiras inteligentes, mas é um mercado aquecido. Vamos torcer para que em breve os festivais daqui adotem essa tecnologia. É definitivamente o tempo de deixar a música fluir e desfrutar da nova experiência que é curtir um festival redefinido pela tecnologia.
