Review: Lollapalooza Paris é como tudo ao redor dele, cheio de amor


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Faz uma semana que estive pela primeira vez: em Paris, em um festival lá, em um festival sozinha no Lollapalooza Paris! E eu ainda estou suspirando pela experiência intensa que vivi.

Cheguei em Paris no sábado, fiz check-in no hostel (Arty Paris, recomendo), não demorei muito e fui para Hippodrome de Longchamp, local do festival. No site e no app do festival você conseguia saber as rotas para chegar e, com uma ajudinha do Google Maps, cheguei em menos de 50 minutos de metrô e entrei rapidinho.

Foto: Maria Parmigiani

Detalhes que fazem toda a diferença

Foi rápido para notar o primeiro ponto alto do festival: muitas sacolas para lixo espalhadas até a entrada do festival e, lá dentro, várias lixeiras, todas com separação. Resultado desse investimento: pouquíssimo lixo no chão, óbvio. E como eu sinto falta de lixeiras nos festivais do Brasil.

O Lolla Paris abraçou com tudo a ideologia do eco-friendly com o núcleo Lolla Planète que tratou de diversas questões sustentáveis e como reduzir o impacto de um festival no meio ambiente: várias campanhas para não jogar bituca de cigarro no chão, ônibus que levavam até o festival, copos personalizados para quase tudo o que se bebia e que, além da tangibilidade, fez com que a quantidade de lixo fosse bem reduzida. E o melhor de tudo – eles eram de graça! Você devolvia e pegava um novo a cada bebida e levava para casa no final do evento. Convenhamos, é muito amor gente!

Adorei o Kidzapalloza. Como haviam muitas famílias, acho que esse tipo de espaço é bem providencial. Além de brinquedos e brincadeiras havia um stage só para os baixinhos. Um cuidado a mais que faz diferença.

Kidzapalloza Paris / Foto: Divulgação

O de sempre e mais…

Houve um capricho e tanto na parte das comidinhas, com diversas opções de salgados, várias sobremesas e café: e como eu amo quando colocam café! Tinha bar de spritz, gin, bar de cervejas artesanais e bares próximos aos palcos com as opções básicas. Achei os preços razoáveis (quem converte, não se diverte), uma zona de banheiros e cashless a mais e teria sido redondo. Peguei fila nesses dois sempre que usei, mas nada insuportável, vai…

Tinha wifi zone com mesas e cadeiras, lugar para carregar o celular, lounges, mapas, placas e mangueiras, já que o calor estava pesado.

Havia também várias ativações de marcas como Levi’s, Vueling, Coca-Cola e a que mais chamou minha atenção foi a Green Village Room, com várias casinhas temáticas em formato de pista de dança com DJ e sonoridades variadas. Amei as pessoas ali.

Green Village Room / Foto: Divulgação

Haviam 4 palcos oficias (Main 1, Main 2, Alternative e Perry’s Stage) todos muito imponentes e seguindo o protocolo do Lolla: a presença da marca por tudo. Meu destaque (e não sei já fazem isso por aí) foi a presença de dois main stages – o 1 e o 2, que se alternavam.

Foi uma mão na roda, evitou longas caminhadas e a possibilidade de ver bem mais shows completos, afinal, é só dar uns passinhos e você já trocou de palco. Ponto alto com certeza, junto com a pontualidade e soudsystem impecáveis.

Main Stage 1 / Foto: Divulgação
Main Stage 2 / Foto: Divulgação

O público estava bem heterogêneo, principalmente sábado, com o Depeche Mode e muitos senhores e senhoras, muitos pais com filhos nas costas, muitos casais, recém-casados, noivos, namorados, ficantes. Eu já falei que era em Paris, né?

Brincadeiras à parte, eu estava para lá de inspirada com tanto amor. Inclusive achei um bom lugar para se estar sozinha, ninguém me abordou de forma inapropriada, os franceses curtem muito no seu quadrado, adorei.

Viva La France!

A presença da cultura francesa estava em todos os lugares. Havia uma praça de alimentação inteira assinada pelo francês Jean Imbert, chef de cozinha renomado. Bar de vinhos, bar de Champagne, crepes franceses e muitos doces lindos.

Foto: Divulgação

E para deixar o clima ainda mais francês, havia uma imitação da Torrei Eiffel bem no meio o festival com vários puffs na sua base. O sol terminava sua jornada por ali e o visual ficava incrível no final do dia.

Foto: Divulgação

LINE UP

Vamos à protagonista: a música! Que nesse caso estava um absurdo. O line up foi o que me levou ao Lolla e foi uma sequência louca.

Sábado eu cheguei e corri para ver Black Rebel Motorcycle Club no Main 2, adoro muito a voz do Peter Hayes e para mim, que não sou uma ouvinte assídua de rock, é o tipo de som que consigo curtir por horas.

Após esse show dei meus passinhos para o lado e curti sentada o show do Kalleo no Main 1, confesso que não conheço tanto o trabalho deles, mas estava curiosa, foi legal e a galera pirou no fechamento. Na sequência, curti a banda latina Bomba Stereo no palco Alternativo, para dar uma dançada. Foi uma delícia curtir as sonoridades latinas e perceber a força disso por aí, todo mundo requebrando e cantando.

Fiquei um pouco para ver o show de Dadju, pois ele é francês e curtir um show assim me pareceu bem conveniente. É um mix de Hip Hop e R&B in french, bem agradável aos ouvidos. De volta ao Main 2, curti o show do Bastille, e logo após veio um dos melhores shows pra mim: Kasabian. Um rock indie eletrônico com muitos sintetizadores, só amor. A presença de palco deles é surreal, interagem o tempo todo com o público, principalmente o guitarrista Sergio Pizzorno.

Sai de lá extasiada e fui curtir o live do Paul Krakbenner no Perry’s Stage. O legal do live, além do formato propriamente dito, é que Paul é filmado e você curte o show vendo as emoções do artista nos telões, muito bom! Claro que todo mundo PIROU na “Sky and Sand”, eu chorei – juro.

Fiz uma pausa para respirar e me preparar para o show da noite: Depeche Mode. Atemporal é a palavra que me vem à cabeça, que poder o desses caras!

Terminei a noite curtindo um pedaço do show do The Blaze no palco alternativo, atmosfera perfeita para encerrar a noite, cantei She e fui “para casa” bem feliz.

No domingo cheguei e aproveitei para dar uma voltinha durante o show da Dua Lipa, fiquei ouvindo de longe, mas a bicha tem uma voz muito potente, curti. Dali em diante eu não teria mais tempo para nada: Stereophonics, Noel Gallangher,Years & YearsThe Killers fizeram shows memoráveis! Brandon Flowers e sua banda começaram pontualíssimos com “Mr. Brightside”, uau! Maravilhoso cantar novamente depois de mais de 10 anos (Tim Festival Curitiba na Pedreira, saudades).

Saí do show sem fôlego e emendei no show da banda mais maravilhosa de todas: Gorillaz. Foi meu segundo show em um mês (sim temos uma fã)! E bom, eles dispensam apresentações, que show incrível e completo!

Foi maravilhoso, terminei meu final de semana 101% satisfeita. Festival lindo, cheio de cuidados, caprichadíssimo, público educado, totalmente apaixonante.

Pulso lá no alto! Recomendo.

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