Review Coletivo Pulso Crew – Rock in Rio 2017


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Ana Luiza Cavalcante (Dias 22 a 24/09)

Foi a minha 1ª vez no Rock in Rio. Nos anos anteriores eu ficava animada, mas nunca conseguia comprar ingresso quando as vendas abriam. Sendo assim, acabava desistindo.

Fiquei extremamente encantada com o festival. Realmente uma presença de marca muito forte, com várias ativações onde o público podia interagir entre um show e outro, os banheiros 100% limpos durante todo o festival, acesso fácil. Não escutei nenhum relato de problemas para comprar bebida e comida.

Mas como nada são flores, alguns furtos foram registrados dentro do festival, inclusive relatos de amigos próximos. Uma pena mas segue o baile.

A minha maior expectativa era para o show da banda Tears For Fears. Fiquei muito feliz quando eles foram confirmados no festival e fiz de tudo para levar a minha mãe comigo. Foi um momento bem bacana que curti ao lado dela.

Tears for Fears aka Tias Fofinhas

Os shows na Rock District, sempre com um público fiel, que acompanhava as bandas que estavam se apresentando ali, cantando e vibrando. E o show do Ney Matogrosso + Nação Zumbi em homenagem aos Secos e Molhados foi bem emocionante!

Para finalizar, o show do Jared Leto. Apesar de poucas músicas cantadas ele foi extremamente simpático e animado fazendo a espera pelo Red Hot Chilli Peppers passar bem rápido. Esse foi meu segundo show da banda californiana e um tanto mais inesquecível, a música “The Zephyr Song”é a minha preferida deles e não imaginei que eles iam tocar nesse show. Apesar de sucessos como “Otherside” e “Scar Tissue” de fora, foi um baita shozão!

Diego Moretto (Dia 15/09)

O dia de abertura da sétima edição do Rock in Rio não amanheceu com alegrias. O êxtase pelo início do festival foi interrompido com um balde de água fria pelo cancelamento do show da cantora americana Lady Gaga (headliner) no dia anterior. Rapidamente a produção do festival lamentou o ocorrido e se prontificou para amparar a galera que precisasse (o Maroon 5, headliner de sábado, foi escalado de última hora para cobrir Gaga).

Palco Sunset. Foto: Divulgação

E depois do furacão, o Rock in Rio 2017 abriu. É inegável a experiência que o festival proporciona desde a ida para o evento. Os transportes públicos funcionaram tanto na ida quanto na volta – salvo certas confusões de logística. A infra do festival é inacreditável: uma verdadeira Las Vegas em plena Barra da Tijuca.

Pablo Vittar no Palco Itaú. Foto: Divulgação

E (quem diria) o alternativo salvou um dia que tinha tudo para dar errado no festival. Os palcos extras ~surpreenderam com artistas-surpresa. O Sunset brilhou com brasilidade e protesto. E o palco Eletrônico entregou o que a galera queria: dançar e muito ao som pesado das picapes de DJs como Midland e The Black Madonna, que ferveram a pista do plural Rock in Rio. Foi mágico!

Pedro Américo (Streaming)

O Rock in Rio 2017 apresentou pela primeira vez um plano de ação para o acesso de PCDs (pessoas com deficiência), com a criação da Coordenadoria de Acessibilidade.

Após um e-mail para a produção do RIR, com sugestões e contando os perrengues que passou em 2015, o atleta e cadeirante Tiago Gonçalves foi convidado para uma conversa e logo passou a coordenar a equipe que criou uma Cidade do Rock acessível a todos.

Com lounges PNE (plataformas elevadas), banheiros, estacionamento e entradas/filas expressas, buggys elétricos (carrinhos de golfe) para o translado, a disponibilização do “kit livre” que acoplado à cadeira de rodas facilita seu deslocamento, piso tátil, empréstimo de cadeiras, recarga para baterias de cadeiras motorizadas e várias outras ações que facilitaram a experiência das PCDs e seu acompanhante, devidamente cadastrados na entrada do evento.

Foto: Ana K

Obviamente, toda essa empreitada para a acessibilidade se perde em algum momento, afinal, são 100 mil pessoas numa área com longas distâncias para tudo. Para 2019 a  coordenadoria de acessibilidade deve aprimorar algumas questões, mas já encontrou o caminho a ser seguido. O mais importante é que essa bandeira finalmente foi levantada e a acessibilidade foi levada a sério.

Rodrigo Rodríguez (Dias 15, 16, 23 e 24/09)

O Rock In Rio a cada ano prova que é um dos festivais mais importantes e imponentes do mundo por toda a sua estrutura, ainda mais grandiosa nessa edição. É um dos festivais que sabe transitar de forma perfeita entre o pop e o rock no Palco Mundo e trazer também atrações que estão tanto com músicas em grandes charts e de vanguarda de diversos estilos musicais, como os que vimos no palco eletrônico e no palco Sunset.

Eram incontáveis o número de marcas ativadas dentro do evento e o GameXP ofereceu uma experiência incrível e diferente até mesmo para o público em geral, que nunca viu um espaço assim totalmente dedicado para games no Rio de Janeiro.

Lady Gaga fez falta, mas Maroon 5 não a substituiu a altura no primeiro dia, apresentando um show infinitamente melhor no dia seguinte. E o que foi o show do Guns, com quase 4 horas de duração. Slash é o cara!

Slash é o cara. Foto: Alexandre Durão

O palco eletrônico trouxe momentos memoráveis como a apresentação do DJ colombiano Erick Morillo, com um set arrasador de house music e grandes clássicos e Vintage Culture, quando encerrou o festival e levou não só o grande público que saía do show do Red Hot Chilli Peppers, mas todo o staff do Rock in Rio, que comemorava ali o sucesso de mais uma edição do festival. Outro grande destaque foi o After Privilège, com uma pista premium montada atrás do palco eletrônico que encerrava de manhã.

Soraia Alves (Dias 22 a 24/09)

A mudança da Cidade do Rock para o Parque Olímpico da Barra da Tijuca fez bem ao Rock in Rio. O lugar é maior sim, mas também funciona muito melhor. É possível conferir tudo o que o festival oferece – e acredite, é muita coisa!

Nessa minha segunda edição de RIR, aproveitei bem mais que na passagem em 2013. Escolhi o segundo fim de semana e os shows no palco Sunset não poderiam ser melhores. BaianaSystem faz uma apresentação incrível, cheia de energia e mais Rock n Roll que qualquer banda nacional que passou pelo Palco Mundo. Já o show da Nação Zumbi com Ney Matogrosso foi algo surreal de sentir. Sim, sentir, porque Ney Matogrosso, meus amigos, te desperta sensações incríveis, desde um deslumbramento com sua voz até uma hipnose com seu olhar.

Ney e Nação Zumbi

Não encontrei dificuldades com filas para alimentação ou banheiros. Convenhamos que ficar 15 ou 20 minutos em uma fila de um evento com 100 mil pessoas é muito ok! Os banheiros, aliás, estavam sempre passando por limpeza, o que os deixaram sempre agradáveis de usar. Os preços não eram de fazer brilhar os olhos, afinal R$30,00 num lanche do Bob’s dói na alma McLovers (pelo menos estava bom). Os bebedouros espalhados ajudaram a economizar na compra de água e garantir a hidratação para quem pulou o chope Heineken por R$12,00.

Entre fogos, drones, roda-gigante e a maravilhosa Arena Game XP, o melhor show do palco principal foi o do The Who. ÉPICO! The Offspring deixou qualquer um nostálgico e muito feliz, assim como a sequência de hinos de Red Hot Chili Peppers Bon Jovi. Menção honrosa para o Incubus e o “melhor show que pouca gente se importou”. Ah, teve Guns N’ Roses também… infelizmente!

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