O Tomorrowland Segundo Os Profissionais do Mercado


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O Tomorrowland Brasil continua rendendo assunto e fui perguntar a algumas pessoas do mercado de entretenimento (entre DJs que tocaram por lá, produtores de eventos e profissionais de comunicação) o que elas acharam do festival e o que pode mudar daqui pra frente no segmento de música eletrônica no Brasil. Confiram aqui:

Marcelo Cic, DJ/produtor, que tocou no Main Stage:
“Foi muito bom estar fazendo parte de um evento como este. A estrutura que vi por lá jamais vimos em terras brasileiras. Como artista, além do objetivo alcançado, pude ver o carinho com que todos eram recebidos pelo evento. Tínhamos uma área reservada a todos que iriam se apresentar no evento, que ficou repleto de artistas, rolou um networking muito bom e muita informação foi trocada também no backstage. Tocar no palco principal foi uma sensação única. Assim que cheguei lá, senti a energia de longe da galera curtindo outros artistas e ali caiu a ficha que dentro de poucas horas chegaria o meu momento. Não poderia ter sido mais perfeito, eu estava preparado pra encarar esse desafio e acredito ter representado muito bem, além de ter agradado aquela multidão. Temos vários eventos grandes por aqui mas não desse porte e espero que todos os próximos possam ser tão grandiosos como o TL. Tenho certeza também que depois dele, teremos um nível bem mais elevado de produção e uma entrega muito maior aos consumidores de grandes eventos.”

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O DJ Marcelo Cic no Main Stage

Claudio Rocha Miranda, co-fundador do Rio Music Conference:
“Não foi uma surpresa, foi uma confirmação. Quem trabalha na cadeia produtiva da música, é artista ou fã, e ama a música eletrônica e o tipo de entretenimento que festivais dessa natureza oferecem, sabem do que estou falando. O Tomorrowland foi um capítulo nessa linda história. O evento foi sensacional, não tenho dúvidas que haverá muitos novos entrantes nesse mercado, seja para curtir, trabalhar ou criar. Um golaço. Vamos em frente!”

Bernn, DJ/produtor e A&R da Braslive Records, tocou no palco Anzu Club:
“A edição brasileira do Tomorrowland superou todas as minhas expectativas. Desde o tratamento artístico impecável ao cuidado com os mínimos detalhes da produção do festival. Tive a felicidade de me apresentar nessa primeira edição e acredito que nossa cena viverá uma nova era daqui pra frente, em um next level. O Tomorrowland Brasil realmente foi um divisor de águas”.

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DJ Bernn, que abriu o palco Anzu Club no último dia do evento

Diogo Camargo, CEO da produtora Eyedrop, responsável pelo after-movie oficial do Tomorrowland e por filmar grandes festivais pelo mundo, como o Ultra Miami:
“O Tomorrowland Brasil foi um marco na cena da música eletrônica brasileira, não só pela sua grandiosidade. Mas o que me chamou mais a atenção foi o cuidado com os mínimos detalhes, tudo meticulosamente pensado para que você se sentisse fazendo parte de um mundo dos sonhos durante os dias de festa, desde a decoração por todo o parque até as performances surpresas, sem contar é claro com a produção de cada um dos palcos, uma melhor que a outra. Para nós, responsáveis pela filmagem do after movie do festival, ali era literalmente um playground. A todo momento tivemos a oportunidade de filmar uma lágrima escorrendo de um rosto emocionado ou alguém subindo nos ombros de um amigo no meio da multidão para se sentir um pouco mais próximo daquela magia que era o Main Stage. Simplesmente inesquecível”.

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Momento da Eyedrop filmando um dos sets no Main Stage

Vinicius Araújo/VA Designer, responsável pela comunicação visual dos principais DJs/produtores do país:
“Que evento sensacional! Não parei para analisar tudo com calma, o evento foi gigante e por isso vou falar sobre o que vi. Nunca nada de nenhum outro gênero chegou perto, nem mesmo o Rock In Rio. Foi algo fantástico e devemos olhar para o Tomorrowland para refletir bastante. Acho que não adianta julgarmos problemas ou erros de outros eventos. É hora de dar um passo importante na música eletrônica em geral no país. Foi foda, essa é a palavra para definir esse grande marco.”

William Razzy, empresário e produtor de eventos:
“Evento impecável e marcante não apenas para a musica eletrônica no Brasil mas para a cultura de festivais como um todo. O Tomorrowland elevou o nível de produção no país e vai fazer com o que público fique cada vez mais exigente e que produtores brasileiros busquem melhorar cada vez mais seus eventos. Os belgas literalmente deram uma aula de como se fazer um festival de música de alto nível e deixam um legado que certamente irá ecoar muito além de Itu. Pra mim, a mensagem transmitida esse fim de semana no parque Maeda irá influenciar toda uma geração a consumir música eletrônica daqui pra frente seja como público ou como futuros DJs/produtores, e isso certamente abriu os olhos da grande mídia brasileira para o segmento, que no Brasil às vezes é mal interpretado e desvalorizado se comparado ao que acontece em outros países ao redor do mundo. Vida longa à terra do amanhã!”

Rene Junior, gerente artístico da Som Livre:
“Achei incrível, como já esperava do maior festival do mundo. Ele chancela a enorme força do segmento mesmo num momento de crise econômica. Vi alguns transtornos normais de um grande evento, como engarrafamentos na entrada e saída, distância do estacionamento para a entrada, preços expressivos de comida e problemas com telefonia. Porém a energia da festa fazia com que todos esses incômodos fossem deixados de lado e uma das coisas mais importantes que vimos foi a presença de muitos DJs e produtores brasileiros no line-up.”

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A dupla NERVO mostra a bandeira do Brasil no final do seu set no Main Stage e o público vai ao delírio

Claudio Menezes, diretor de novos negócios da Radio Ibiza:
 “Assisti pela MTV e uma parte pela web. Do que pude ver, fiquei incrivelmente impressionado. Estrutura gigantesca, um número abissal de atrações e uma multidão que impressiona até cego. O que realmente me marcou foi o evento nascer grande. Grande não, gigante. Tomorrow and the next five years land.”

Gustavo Silva, do selo Musicmasters Recordings e sócio-diretor da escola de DJs Mix & Remix:
“O TL foi um grande marco na entrada dos grandes festivais no mercado nacional. Ver a quantidade de público, organização do evento e as diversas tendas, atraindo as mais variadas tribos e idades mostra a receptividade do país para os produtores dos demais eventos, mostrando que o Brasil não deve nada aos demais países da América do Sul, que hoje já recebe edições de outros grandes festivais como o Ultra e o Creamfields.

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Um dos momentos mágicos no Main Stage do Tomorrowland, que já divulgou as datas do festival de 2016

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