Expandindo Consciência e Espiritualidade: Um Mergulho nos Festivais Transformativos


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Não é absurdo afirmar que, nos dias de hoje, os festivais podem ser vistos como verdadeiras revoluções sociais. Indo muito além da música, eles são capazes de nos proporcionar as mais diversas experiências sensoriais, culturais, visuais e até gastronômicas. Além disso, também somos expostos às novas tendências de moda e beleza para todos os gostos e, especialmente, temos a oportunidade de conviver com as nossas diferenças, sejam elas comportamentais, de gênero (leia: Glastonbury Escreve Mais um Capítulo na Discussão Sobre Gênero) e até mesmo de crenças. Festivais agregam, incluem e celebram a diversidade, afinal, todos ali desejam compartilhar bons momentos juntos.

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Partindo desse princípio, Jeet-Kei Leung participou do TEDxVancouver em 2010 e, por lá, analisou os festivais chamados de “transformativos” (leia: 10 Princípios do Burning Man).

O termo é utilizado para definir um evento que visa promover a espiritualidade e a expansão da consciência, seja através de práticas grupais de yoga e meditação, debates e workshops inspiradores e/ou até mesmo palestras com grandes nomes de alguma determinada área. Por isso, também chamamos essas experiências de imersivas, afinal, elas configuram um mergulho profundo em nós mesmos e permitem a vivência daquela realidade de maneira bastante intensa por alguns dias.

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Em sua palestra, Leung conta que criou uma web série intitulada “The Bloom Series” (assista aqui). O projeto tem 4 capítulos e aborda o poder dessa modalidade de festivais, mostrando como ela é um sinal de esperança e união nesses tempos difíceis que vivemos, através de 23 exemplos pelo mundo. Ele também diz acreditar que a música eletrônica serve como trilha sonora das chamadas “prayer-formances”, isto é, danças com significados espirituais, e das “sharemonies”, cerimônias voltadas para a partilha, então outra dica é ficar bem atento às faixas que acompanham os episódios (para isso, clique aqui).

 

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O papo remonta a origem das festividades musicais, lá no século 13, quando a Igreja proibiu a dança (para ele, um elemento xamânico), e chega a citar o Carnaval do Rio como um evento tradicional, secular e de extrema relevância social.

Outro destaque fica para as cidades de São Francisco e Vancouver como os maiores hubs dessa revolução. 

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“O que fomenta essas celebrações transformativas? O que está faltando na nossa sociedade atual, tão materialista, moderna e urbanizada?” (Jeet-Kei Leung)

Um ponto interessante que o palestrante levanta é o do pensamento de vilarejo e comunidade. Segundo Leung, a participação do público como co-criador desse tipo de evento varia entre 30% e 100%, resultando no desenvolvimento do espírito colaborativo inerente à condição humana. Nesse momento, ele ressalta a importância da natureza e da arte, extremamente enraizadas nesses festivais, e como elas afetam nosso comportamento e maneira de lidar com o mundo. Para Leung, a conexão desses elementos é a peça-chave.

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Para entender melhor toda essa dinâmica, nós recomendamos conhecer mais a fundo o Burning Man (leia: Burning Man: O Maior Festival Sem Rastros do Mundo), o AfrikaBurn, o Lightning in a Bottle, o Symbiosis e o brasileiro Universo Parallelo. Relatos dessas celebrações também não faltam: O Burning Man por uma burnerentrevista com Raul Aragão (I Hate Flash!)WAKE e o poder transformativo dos festivais e uma resenha do que o Universo Parallelo ofereceu além das pistas este ano.

Jeet-Kei Leung carrega na bagagem cerca de 15 anos trabalhando diretamente com festivais transformativos e já desempenhou diversas funções na cena, dentre elas produtor, artista (DJ Mazeguider), apresentador e, é claro, construtor dessa comunidade que o consagrou como uma das grandes referências no assunto.

Ficou curioso para ouvir as palavras dele na íntegra? Basta dar play.

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Cinco anos de pesquisa e conteúdo sobre a cultura dos festivais.

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