Review Electric Zoo Brasil – Soltaram Os Bichos Numa Noite De Chuva


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Água! Muita água! Esse foi o elemento que marcou a primeira edição do Electric Zoo em terras tupiniquins. O festival que promove o encontro da fauna selvagem com o universo urbano, dessa vez sentiu a força da mãe natureza!

Foto Divulgação

E mesmo assim, cerca de 20 mil pessoas soltaram seu animal interior no Autódromo de Interlagos durante as 12 horas do festival.

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Quem esteve lá pode conferir um line up consistente, distribuídos em 3 palcos: Awakenings Stage, Tree House Stage e o King Cobra – Main Stage, cada qual com diferentes vertentes da música eletrônica.

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O Awakenings e o Tree House trouxeram um mix de novidades e underground eletrônico. Em ambientações diferentes, o primeiro com um palco que lembrava um galpão de fábrica e o segundo numa proposta clean, com árvores brancas que foram grafitadas durante o evento.

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Ambos concorridos pelo público, que além da música procuravam abrigo da chuva, já que eram palcos montados dentro de grandes tendas.

O King Cobra, a imponente naja cenográfica apresentou os headliners do festival. A céu aberto, mesmo enquanto a chuva caía torrencialmente a galera não desanimou.

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Nesse palco a grande surpresa da noite, sem sombra de dúvidas, foi o Dj KSHMR. O nova-iorquino de descendência indiana apresentou um set com muita pressão, de forma teatral e dramática, utilizando elementos de sua cultura, tudo emoldurado por projeções que narravam uma lenda de reis do deserto. Prendeu a atenção do público do início ao fim.

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Porém uma reclamação quase que unânime no Main Stage foi a qualidade do som. Muito baixo, por diversas vezes distorcido e a constante chuva que deixava tudo mais abafado ainda. Realmente o maior atrativo do King Cobra foi o visual, sua estrutura foi muito bem utilizada aliada a muita iluminação.

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Um palco de proporções relativamente pequenas mostrou sua grandiosidade. Quem ficou até o final do festival, exatamente às quatro da manhã, presenciou uma queima de fogos sensacional no encerramento da apresentação do Hardwell.

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Uma incoerência no layout da festa foi a localização dos estacionamentos. O ingresso mais caro do festival dava acesso a um estacionamento exclusivo, mas que estava praticamente junto do estacionamento geral.

E em ambos, para ir deles até a área dos palcos, as pessoas tinham que andar o dobro da distância percorrida por quem entrava pela portaria geral.

Quanto a acessibilidade, três pontos negativos precisam ser apontados: estacionamento extremamente longe da área dos palcos; uma bilheteria com catracas e sem acesso para cadeirantes e finalmente, apenas o Main Stage contava com área reservada para PCD (pessoas com deficiência).

Se o deficiente optasse pelo line up do Awakenings ou Tree House, tinha que ficar no meio da galera, o que nem sempre é possível.

A cenografia que é massiva na edição nova iorquina do festival, aqui no Brasil se apresentou incipiente, com poucos elementos.

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Os palcos eram muito atraentes visualmente, mas nas áreas de convivência faltou um algo a mais para o público realmente se sentir numa savana urbana, que é sua proposta maior.

Finalmente, difícil não fazer uma comparação com o Lollapalooza Brasil, que há um mês estava também no Autódromo de Interlagos. No Electric Zoo Brasil , além do público menor a área coberta pelo festival também foi bem menor, logo as distâncias entre os palcos eram pequenas e praticamente sem filas nos caixas e bares. Tudo foi muito mais ágil.

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Pra quem pulsa na batida eletrônica e não para até que a grama vire lama, o Electric Zoo cumpriu seu papel. Fazendo um balanço geral, prontamente entrou pra lista dos festivais que tem seu público cativo aqui no Brasil e a galera que foi nessa primeira edição com certeza já espera pela próxima.

Alguns ajustes estruturais precisam ser feitos e repensados, coisa comum a todo festival que acaba de chegar. Esperamos que em 2018 os animais venham mais ferozes ainda.

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