Será uma boa a entrada da Live Nation no Rock in Rio?


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De fato, falta muito para a próxima edição do Rock in Rio, pelo menos mais de um ano. Mas estamos falando do festival que leva 700 mil pessoas durante a sua duração, um dos maiores do mundo. Então é normal que as notícias sobre o Rock in Rio sejam constantes entre uma edição e outra.

Divulgação.

Recentemente, fomos surpreendidos com a notícia da aquisição de parte da empresa que detém os direitos do festival pela Live Nation, gigante do entretenimento, que visa – em primeiro – expandir os seus negócios para a América do Sul. A Live Nation detém, também, a Ticketmaster, empresa pela qual promove shows, turnês e outros festivais, além de administrar a venda de ingressos.

Divulgação.

Mesmo com a venda de parte da empresa que fundou, Roberto Medina e sua equipe continuaram como principais acionistas do Rock in Rio, mantendo a direção no gerenciamento da produção do festival.

“A parceria gera um número de sinergias que permitirá a realização de ambições ainda maiores do Rock in Rio. Somos duas empresas com uma visão global unida e uma habilidade de conquistar grandes sonhos. (…) Estamos satisfeitos em reunir o maior festival do mundo com a maior empresa de entretenimento do planeta” afirmou Medina.

Não tem como ficar indiferente com essa notícia. Se por um lado não temos tantas informações acerca da negociação, podemos tirar algumas conclusões precipitadas. A Live Nation é a maior empresa de entretenimento do mundo, gerencia a turnê de cerca de 200 artistas do naipe de Madonna, Jay-Z, John Mayer e Van Halen. Possui influência direta em festivais como o Bonnaroo e o Lollapalooza, por exemplo – assim como, obviamente, na suas curadorias musicais. Sendo assim, o Rock in Rio resolveria uma de suas maiores críticas: o famoso mais do mesmo na escalação de artistas em seu line up.

Taylor Swift Photos – Rock In Rio USA – Zimbio

Expansão: Dominação do Mundo 

Também é bem provável a expansão do selo Rock in Rio em outros lugares do mundo. O festival já tem uma edição de sucesso em Lisboa e já se apresentou em outros lugares como Las Vegas e Madri. E pelo visto, é só um começo.

O Rock in Rio Lisboa. Foto: DR.

Polêmica: Espaço Favela

Na semana anterior, o Rock in Rio anunciou a criação do Espaço Favela, uma réplica das comunidades cariocas, super iluminada e colorida, onde se apresentarão artistas oriundos dessas comunidades, além da oferta de vivenciar a cultura da favela com música, espaço e até gastronomia.

Por mais absurda que pareça, a ideia é defendida pelos seus organizadores pois o objetivo seria “reforçar a esperança a partir da movimentação da economia criativa”.

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Não sabemos sobre o futuro do projeto, mas imagino que o festival fará uma representatividade real, com a presença de pessoas que vivem nas comunidades e, certamente, desejam curtir o festival – mas são limitados por questões como, por exemplo, o preço do ingresso: pelo menos a metade  de um salário mínimo. O Rock in Rio, infelizmente, não é para todos.

“A ideia é potencializar e mostrar os talentos”, afirma curador artístico Zé Ricardo. Ok…

Se a criação do Espaço Favela significa uma real diversificação do seu público, então é um projeto necessário e mais do que bem-vindo na história do festival. Agora se for mais um projeto que busca a glamourização de uma realidade que muito destoa das cores e da luz da réplica, a edição de 2019 já começa com uma baita bola fora.

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