Rock in Rio 2017: Um Gigante Eternamente Jovem


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Como mega-evento que é, o Rock in Rio, a sete meses de sua realização, já movimenta a mídia e desperta o interesse de milhares de pessoas com as atrações anunciadas e especulações quanto ao lineup final.

Estaríamos prestes a testemunhar uma guinada na programação musical do festival ou apenas uma reedição de forte apelo pop com pouquíssimos respiros?

Há tempos o Rock in Rio ultrapassou a seara de ‘festivais de rock’. Ou melhor, desde sua origem, ele é local de mistura, em que o pop meloso do Kid Abelha convive em harmonia com os riffs matadores do rock do AC/DC, como na estreia em 1985, na primeira Cidade do Rock, demolida logo após a realização do festival.

Kid Abelha no Rock in Rio em 1985

O que estava em jogo ali eram duas palavras: emoção e juventude. E é exatamente isto que o megaevento pretende reforçar e atualizar em sua sétima edição na Cidade Maravilhosa.

Para isso, Medina & cia. apelam para os big names que gritem a máxima do antropólogo francês Edgar Morin: “Sejam belos, sejam amorosos, sejam jovens”, retirado do livro “Cultura de Massas no Século XX: Neurose (vol.1)”. Não à toa os nomes de Lady Gaga, Justin Timberlake e Maroon 5, que falam diretamente com a juventude, causaram tanto burburinho quando anunciados. Esses kings and queens do pop são as vozes de uma geração que cultua os valores juvenis de massa e fecham as contas para festivais.

O elixir da juventude também rola solto na programação já confirmada e os adolescentes dos anos 80 e 90 podem colocar pra jogo suas calças de cintura alta, bolsa de franja e as blusas de flanela amarradas na cintura. Bon Jovi, Red Hot Chilli Peppers, Billy Idol e Aerosmith insistem em não envelhecer como papel de ‘cultura da nostalgia’, em que os anos de ápice jamais serão revividos no palco do Rock in Rio. Dentro desta lógica, não seria surpresa o Alphaville, do hit “Forever Young”, aparecesse no line-up…

Palco Sunset – Respiro ao Pôr do Sol

Quando se fala em novas perspectivas para o Rock in Rio, o Sunset sempre será a resposta. Com apenas três atrações confirmadas, já confirma que corre bem longe da homegeinização dos grandes festivais.

A parceria Ney Matogrosso + Nação Zumbi, o rapper CeeLo Green e Chic + Nile Rodgers é um combo que mostra a competência em oferecer um menu variado e de qualidade. O trabalho de curadoria de Zé Ricardo vai muito bem, obrigado.

Nile Rodgers e Chic. Um dos grandes momentos do próximo Rock in Rio. Foto: Isabel Flores, La Skimal

Ponto delicado é a escalação nacional do Palco Mundo. O trio formado por Ivete Sangalo, Skank e Frejat, são, por enquanto, os nomes confirmados e refletem o momento da música brasileira. O pop funk e o sertanejo são as jóias do mercado, mas não passam pela curadoria do Rock in Rio. Apostar na recente turnê dos Novos Baianos e a consagrada dupla Caetano Veloso e Gilberto Gil com uma banda encorpada seriam interessantes apostas para o palco principal.

O anúncio das atrações em pílulas faz parte do show do Rock in Rio. É estratégia para o público falar antes, durante e depois sobre o festival, que vai muito além dos sete dias que ele ocorre. Cinco nomes estão evidência e na fila para serem divulgados, mas a boca pequena já os dão como confirmados: Alice Cooper, em noite conjunta com Billy Idol e Aerosmith, Offspring revivendo a noite de 2013, o jovenzinho Shaw Mendes e, em formato de co-headliners no dia 23 de setembro, Guns N’ Roses e The Who.

O que não vai faltar é emoção para todas as idades.

Show já confirmados do Rock in Rio 2017

15 de setembro — Lady Gaga, Ivete Sangalo e 5 Seconds of Summer

16 de setembro — Maroon 5, Fergie e Skank

17 de setembro — Justin Timberlake, Nile Rodgers e Frejat

21 de setembro — Aerosmith e Billy Idol

22 de setembro — Bon Jovi, Ney Matogrosso + Nação Zumbi eAlter Bridge

23 de setembro – Ceelo Green

24 de setembro — Red Hot Chili Peppers

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