Review: The Falls Music and Arts Festival – Três Dias Vivendo o Lifestyle Australiano


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Quando fiquei sabendo do The Falls, apesar de tudo que podemos encontrar na rede, imaginei que era apenas mais um festival de música destes que rolam na Austrália. Apesar do preço alto e do número de bandas divididas nos três dias de festa, não me parecia ser algo grandioso ou perto de mega produções.

O The Falls sempre começa no dia 31 de dezembro e vai até o dia 2 de janeiro e todo um ecossistema é criado para a virada do ano.

No fim, sem spoilers, foi até melhor não criar muita expectativa, afinal, cada canto, cada pessoa e cada palco do festival surpreendia sempre mais.

O Pré Festival

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O Falls acontece há 20 minutos da cidade de Byron Bay e tem como a maior forma de hospedagem o camping. Assim como eu, muitos que vão ao festival já entraram no clima alugando um carro em cidades maiores como Sydney e Golden Coast, pra ir curtindo as estradas e caminhos até Byron.

Meu carro vinha com uma barraca em cima, o que facilitava muito toda a parte de montagem de tudo, deixando o automóvel como base para roupas e utensílios de acampamento.

Como Acontece

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Um festival em Byron Bay já carrega uma energia diferente. Desde o momento em que cheguei, durante o percurso e até o lugar de estacionar, tudo tinha uma mega organização dos espaços e só uma galera jovem e animada trabalhando. Depois descobri que todos que trabalham no The Falls o fazem voluntariamente, para ganhar em troca o convite grátis para um dos dias de festival.

As primeira impressões em uma estrada, o meio do mato com algumas tochas de luz, as pessoas trabalhando e dançando e até o camping bem organizado já vão preparando um clima do que pode ser uma experiência foda.

Camping With Your Car

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Não tinha noção como um camping podia ser irado até ir no The Falls. Espaços bem delimitados entre carros e barracas, galera já fazendo amizades com os “vizinhos” e uma estrutura de banheiro que tem até chuveiro com água quente por aquecedor solar.

São muitos, muitos carros e várias estruturas como muitas “casas de banheiros” espalhadas com números em cima, deixando claro o tamanho do festival.

Um caminhão passava o tempo todo com a plaquinha “- Hop on, Hop off” e você pode correr e pular na caçamba para ir de um lado ao outro da área de acampamento e também chegar até a porta do festival.

Foda!

Estrutura e palcos

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O espaço onde rola o festival é enorme e, além do palco principal, há mais outros 3 distribuídos por toda a área. Entre os palcos rola um pouco de tudo, tendas de comidas e/ou de roupas e acessórios que tem total o estilo das pessoas que vão ao The Falls.

Muita arte! Muitas pessoas fazendo arte andando pelas estruturas. Dentro do universo criado por lá, há também um clube com piscinas e tobogã inflável, areia no chão, boias por todo lado, enfim, um ótimo lugar pra relaxar e se refrescar. Também havia um cinema que passava curtas e filmes produzidos na Austrália e muitos espaços de interação. Até um circo tinha por lá!

Além disso, vários jogos, como “totó humano”, e estruturas com ativações de marca também faziam parte do festival. Tudo é criado para juntar a galera e gerar experiências incríveis com pessoas novas, tudo preza a interação entre as pessoas.

Artistas e música

Com o repertório muito grande de artistas que estão começando a bombar, o Falls já ficou conhecido por ser um festival que lança tendências, além daqueles que estão lá para enaltecer a essência do festival. Vai do folk ao rap!

Era maravilhoso só conhecer 20% do lineup e, a cada show, experimentar bandas e sons incríveis. Os mais conhecidos eram Kurt Vile, Foals, Elliphant, Mac DeMarco, Jarryd James e o Disclosure que, por sinal, fechou o festival. A maior descoberta ficou por do FleetmacWood, banda que toca as músicas clássicas do Fleetwood Mac totalmente remixadas e transformadas. Os caras mais loucos que já vi eram os do Art Vs. Science, além do Miami Horror, entre mil outros.

https://www.youtube.com/watch?v=G6O5yht1Zqg

Curiosidades

O Falls é totalmente pensado nos australianos! A maior surpresa – ou até problema – foi o fato de não aceitarem cartão de crédito no evento e não existirem máquinas ATM. Somente o cartão australiano de débito era aceito para tirar dinheiro ou comprar bebidas e tudo por lá.

O estilo de entretenimento australiano é focado no diurno. Até as grandes baladas terminam mais cedo! No Falls, é claro, não é diferente: todos os dias de festival acabam meia noite, até mesmo na virada do ano.

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Todos os dias do festival, no fim do dia ou no final de grandes shows, um canto tomava conta da galera, todos entoavam uma música tipo um “grito de guerra” da Austrália.

Várias oficinas de arte acontecem por lá. Participamos de um desfile de escola de samba criado no festival em que todas as fantasias e adereços foram feitas pelos participantes! O resultado rondou as áreas do festival com muita música e dança.

Havia uma área enorme com barracas para as pessoas venderem arte e acessórios. Grande parte deles feitos à mão e com o intuito de passar energia entre a galera.

Foi meu primeiro e mais inesquecível festival na Austrália, recomendo quem quiser um dia conhecer um festival na Austrália passar pela experiência The Falls.

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