Review MECA Inhotim: pontos para um festival que sabe como crescer


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[Review por João Pedro Sampaio]

Inhotim, centro botânico e artístico em Brumadinho, Minas Gerais, foi novamente palco de um dos festivais que mais se destacam no país, o MECA Inhotim, que rolou no último fim de semana de 29 de junho a 01 de julho.

De sexta a domingo, o Instituto que atrai visitantes de todo o mundo e reúne um acervo de obras de arte assinadas por Adriana Varejão e Helio Oiticica, entre outros não menos relevantes, recebeu entusiastas da diversão levada à sério – um público que abraça a arte, a cultura e as novas possibilidades de ser e sentir.

Crédito – Fotografia / I Hate Flash!)

O museu a céu aberto é mais do que um cenário perfeito, e faz tanto sentido para o festival quanto seus headliners.

A imersão é sustentada por uma estrutura própria do parque, que conta com cafés e restaurantes ótimos, que proporcionam, por exemplo, a delícia de um break para um pão de queijo mineiro ou um jantar de ótimo custo-benefício no Oiticica.

O festival também desenvolveu muito bem opções próprias no cardápio, desde vegetarianas a pratos típicos da região – destaque para o caldo de abóbora e hambúrguer de grão de bico – os veggies agradecem!

(Divulgação)

Marcas e experiências

Seguindo e intensificando o que já havia visto nos anos anteriores, as marcas estão cada vez mais próximas do público e do conceito mais alternativo do festival, fazendo parte da curadoria – tanto dos shows quanto das oficinas e workshops.

O Heineken Stage era um palco à parte, para apresentações de artistas escolhidos por Elza Soares, que fez a curadoria. Os afters eram assinados pela Rayban e Pabllo Vittar encerrou a noite de domingo em parceria com TNT, que distribuiu, por exemplo, cachecóis e água.

Foi-se o tempo de brindes sem utilidade alguma. Apenas recortes de um exercício de sensibilidade para entender o que de fato faz diferença na experiência do público, e se aproximar do mesmo.

(Crédito – Fotografia / I Hate Flash!)

Atrações como Letrux, Rubel, Baco Exu do Blues, Elza Soares, Alice Caymmi e Pabllo Vittar compuseram um lineup que mesclou manifestações de existência, mensagens necessárias e momentos para o mundo todo ouvir falar.

Destaque para o segundo dia com Elza Soares, que fazendo jus ao título de seu novo álbum, “Deus é Mulher”, indicou caminhos e abriu olhos. Foi um culto à artista que, no auge de seus 81 anos, não perdeu o poder de provocar.

(Crédito – Fotografia / I Hate Flash!)

O sábado também foi dia dos cariocas e novos Rubel e Letrux apresentando seus recentes discos “Casas” e “Noite de Climão”. Shows autênticos e impecáveis. O Cordel do Fogo Encantado fechou a noite com sua performance e poesia dando lugar ao after na nova pista, perto do estacionamento, superaquecida, mesmo no frio de 10 graus da madrugada.

O MECA Inhotim deixou a sensação de uma reunião onde artistas, marcas e público conversaram de igual para igual. A arte cada vez mais é a ponte que o MECA constrói muito bem.

Pontos para um festival que só cresce e sabe até onde e como crescer.

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