Review Dekmantel 2017: Muita Expectativa e Ansiedade Para Mais Uma Edição


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E lá fui eu para mais uma edição do Dekmantel Festival em Amsterdam. Depois de uma primeira vez espetacular ano passado, a expectativa estava altíssima para 2017: muita ansiedade para rever aquele parque verde, encontrar os amigos e viver três dias muita felicidade com a melhor trilha sonora possível.

Como nas edições anteriores, os três pilares que fazem do Dekmantel meu festival favorito continuam de pé:

  1. O line-up espetacular – Caras novas, diversidade grande nos sets de house, techno e disco, nomes clássicos não óbvios, back 2 backs inusitados, DJs com tempo de sobra pra tocar e construir um set sem pressão.
  2. Conforto/cuidado com o público – Mais uma vez, nenhuma (ou pouca, nas horas de pico) para banheiro, bares sem confusão, ninguém te esbarrando ou acotovelando por conta de lotação excedida, circulação sem estresse.
  3. Clima da galera – O público do festival gira em torno dos 30 e poucos e clima de good vibes domina o local. Como é uma galera que sabe o que está rolando ali, conhece os artistas e as músicas, o nivel dos sets é sempre alto, uma vez que os DJs sabem que não é recomendável fazer nada ‘nas coxas’ ali.

Outro acerto desse ano foi acrescentar um quarto dia ao evento: na quinta-feira o festival aconteceu nos arredores do EYE Museum e foi o dia voltado para as conferências e debates, e também para os ‘Concerts’, shows mais cabeçudos, menos pista e para públicos menores (Forrest Swords e Andy Stott, por exemplo).

Abaixo vão os sets de que mais gostei e aqueles q deixaram um leve gostinho de ‘esperava mais’.

Os Sets Memoráveis:

Jon Hopkins – Quanto vigor tem esse moço! Ele conseguiu um equilíbrio perfeito entre beleza e emoção, sem perder o foco da pista. Era pesado e bonito. A chuva que caiu na hora passou batida, ninguém nem quis saber dela.

Masters at Work – House festeiro de NY com um pé na latinidade e outro no hedonismo. Foi o set que mais juntou groove de baixos gordos (muito gordos) e sorrisos de todo o evento. E tava um céu azul na hora que vou te falar…

Lena Willikens – Desde a primeira vez que vi Lena tocar, virei fã. Ela é das crate-diggers mais respeitadas do mundo e em seus sets você vai encontrar de acid house a electro, pode ter EBM belga ou industrial alemão também. Dessa vez ela tocou na GreenHouse, já pegou a pista cheia e bombando. Fez um set com muito Detroit electro velho, coisa linda. Um beijo pra vc, Lena.

Andy Stott – Tocou na quinta-feira, no clube Shelter. Foi um live num escuro absoluto – a única luz q existia era a do computador refletindo no rosto dele. E aí o maluco navegou pelas águas escuras a que está acostumado: muitas camadas de synths pesados e densos fazendo a cama para batidas ora retas ora quebradas. Quanta intensidade.
Esperava mais

Esperava mais…

Omar-S – Meio marrento na pose, não estava com cara de muitos amigos. Fez um set irregular, ficou meio perdido entre pegar pesado ou aliviar (ele tocou relativamente cedo, 16h30). Mas valeu mesmo por ter iniciado o set com ‘Marin’ Happy’, da Crystal Waters. #curtimuito

Larry Heard – Se ferrou porque pegou o Main Stage logo depois do Masters at Work. Até aquele live engrenar, demorou duas idas ao bar. Claro que o ponto alto foi ‘The sun can’t compare’.

Antal & Hunnee – Festejadíssima, a dupla entrou com o jogo ganho. Mas confesso que desceram a mão na disco music genérica e perderam a noção nos batuques fora do eixo EUA-Europa. Para os gringos pode ser divertido e fazer sentido. Para brasileiro que está acostumado com batuques de fontes mil a vida inteira, não funciona muito, não…

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