Review Coletivo Lollapalooza 2017 – Saldo Positivo Apesar da Produção Caótica


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A 6ª edição do festival Lollapalooza Brasil tinha tudo para ser a melhor. Se não fosse alguns “detalhes básicos” que vale a produção prestar atenção para os próximos anos.

Desde 2014, quando o festival passou a ser realizado no Autódromo de Interlagos, várias novidades foram chegando a cada ano.

Novos palcos. Atrações cada vez maiores. Um palco dedicado somente para a música eletrônica – antes uma tenda e hoje com praticamente a mesma relevância que o palco principal. E, neste ano, o sistema cashless, que você carrega sua pulseira on line e pode consumir em todo festival através dela.

Diferente dos anos anteriores, este foi marcado como o “ano do caos”. Filas enormes para pegar bebida, bilheteria com até 3hrs de fila para comprar o ingresso, um sistema de RFID que caia insistentemente e interrompia a entrada do público…

Foto Divulgação

Passado todo o caos enfrentado para entrar, comer e beber… felizmente veio a bonança com os shows do The XX e Metallica. Posso afirmar, sem sombra de dúvidas, que eu nunca vi um público tão fiel quanto os fãs do Metallica. Lotaram o Palco Skol e fizeram um espetáculo a parte!

Foi divulgado pela organização que tinham mais ou menos 100.000 pessoas, um recorde público de todas as edições do festival! Será que erraram na mão?

Créditos: I Hate Flash

The XX era um dos shows que eu mais queria assistir e foi simplesmente incrível. Mesmo com pouca interação com o público, deu para perceber o quanto a banda ficou emocionada com o carinho e a energia dos brasileiros!

Créditos: I Hate Flash

Não estive no Palco Perry’s, onde a música eletrônica mais uma vez mostrou que tem seu lugar e que cresce a cada ano. Mas fiquei sabendo que durante o show do Vintage Culture o palco foi fechado duas vezes por causa de super lotação. Realmente um fenômeno!

Créditos: Image Dealers

Ja no Palco Axe, as apresentações foram desde BaianaSystem e seu hit Playsom, fazendo a galera ir ao delírio, o cantor Criolo como sempre fazendo apresentações imponentes e marcantes, e o duo Chainsmokers, que tocou seus hits e colocou a pista pra ferver!

Créditos: I Hate Flash

Resolvemos fazer esse post um pouco diferente… Além do meu review, pedimos a opinião dos amigos do Pulso que marcaram presença no Lolla neste ano.

E O Que Os Amigos do Pulso Acharam do Lollapalooza 2017?

Fernando Massuyama

Bons shows principalmente dos headliners, mas com estrutura  de alimentação e bar bem fraca, principalmente no primeiro dia! Aumentaram muito o número de ingressos vendidos porém pioraram a estrutura das últimas edições.

Arthur Mota

Sou tendencioso com o Lolla, sempre acho maravilhoso. Show que se destacaram pra mim foram: The XX, Two Door, Weekend e Flume.

Para mim a decepção foi o show do Chainsmokers. E a organização não soube lidar com o número de gente e com a pulseirinha cashless, as filas estavam absurdas em todos os lugares, meio desesperador.

Sábado estava realmente ruim a produção. Não dava para comprar nada, as filas estavam impraticáveis. No domingo, a produção montou alguns pontos de bares extras que vendiam latinha da Skol ao invés do chopp, mas não achei que resolveu o problema, e aqueles ambulantes só vendiam Skol Beats nos dois dias.

Acho que já falaram aqui em cima. Aumentou o público, mas a estrutura permaneceu. Nos bares tinha pouca máquina para você passar a pulseira, acho que isso que piorou bastante também.

Créditos: I Hate Flash

Afonso Rodrigues

Organização falha: a troca de voucher por pulseiras no Maksoud Plaza foi caótica. Fila imensa e lenta, quando foi dando a hora de encerrar o prazo da entrega (21 horas) simplesmente avisaram que só fariam a troca no portão de Interlagos. A galera surtou. Depois de muita confusão, retomaram a entrega as 22:30. O pessoal do hotel brigava com a organização do festival e teve até segurança em ação pra voltar ao normal.

Resumo: deu errado. Tinham de colocar mais postos de troca. Tinha até uma advogada distribuindo o cartão dela para quem quisesse processar o Lolla, tipo prestação de serviços fast forward… rs

A infraestrutura foi meio fraca para a quantidade de pessoas presentes. Filas imensas para tudo. Confusão na venda de bebidas alcoólicas porque estavam vendendo para menores de idade. Deu treta no sábado, mas domingo distribuíram pulseirinhas escrito “maior de 18 anos” (até para mim, um óbvio sênior).

Foi muito bom: Flume, Weekend, Cage The Elephant, The 1975, Bob Moses, Mø e um Duran Duran “puro afeto”.

Foi padrão: Metallica, The Strokes e The XX.

Foi “Tomorrowland”: Nervo, Don Diablo e Martin Garrix.

Foi decepção: The Chainsmokers.

Resumo: fui, vi e gostei do evento, ainda uma referência. Vou de novo enquanto puder, mesmo sem fogos de artifício para dar aquela sensação de “dream within a dream”…

Créditos: I Hate Flash

Thaísa Laffitte

Optei por ir somente no domingo esse ano. Já fiquei chocada com as filas que estavam grandes comparadas com os anos anteriores, no sábado alguns dos meus amigos ficaram mais de 1h na fila para comprar água ou cerveja.

No geral, achei a qualidade do som bem melhor que a do ano passado, a pista de eletrônica não interferiu tanto no palco Skol.

No domingo ficou o destaque da apresentação do Duran Duran e Strokes. Fiquei muito triste de ter perdido no sábado a apresentação do The XX!

Foi de chorar só de ver pela TV, imagina ao vivo! Espero que o Lollapalooza reveja a estrutura de bares para o próximo ano. Foi uma experiência boa!

Créditos: I Hate Flash

Jode e Bruna – A Melhor Balada

O Lollapalooza conquistou nossos corações desde o começo. Fomos em todas as edições e ao longo do tempo ficamos cada vez mais felizes com a evolução do festival e diversidade de line que ele traz para o Brasil.

Neste ano a nossa principal reclamação (e de todo mundo que estava lá) foi que o novo sistema, a pulseirinha Cashless, não veio junto com a organização que deveria para fazer o consumo, principalmente dos bares, acontecer de forma tranquila. Foi difícil escolher entre ver um show ou pegar alguma coisa para beber, já que a gente perdia no mínimo meia hora para isso.

Com recorde de público, foi lindo ver shows lotados com todo mundo cantando. As atrações mais eletrônicas tiveram seu cantinho – Palco Perry – e os outros três palcos comportaram bem todos que assistiam. Para a gente os destaques foram The XX e The Weeknd, que envolveram muito o público, e Metallica, que fechou o sábado com a maior quantidade de pessoas que eu já tinha visto no palco principal, com um show clássico para os fãs da banda.

No fim, o saldo foi positivo. Muita coisa para melhorar no ano que vem, mas aquela vibe de festival grande aqui no Brasil que faz toda a diferença para quem ama viver nesse mundo.

Créditos: I Hate Flash

Rodrigo Rodríguez

Pontos posivitos – Os shows do The XX, Two Door Cinema Club e The Weeknd, sensacionais. O palco Perry´s estava cheio o tempo todo também e durante o set do Vintage Culture, até foi fechado.

Todos os palcos estavam muito bem produzidos e dava pra transitar de um para o outro sem tumulto.

Tiveram algumas ativações de marcas bem interessantes como o colchão inflável da Axe, a Skol com seu bar no Palco Skol, a Fusion fazendo o lançamento dos novos sabores de seu energético e o Lolla Market, com diversas lojas dentro do Lolla.

Em algumas áreas do Autódromo também tinham redes para descanso, super necessárias para um festival do porte do Lollapalooza onde anda-se muito. Outra boa sacada foram os posters temáticos colados por todo o festival que estavam à venda por R$ 20 e venderam bastante.

O marketing do Lolla também investiu bastante no merchan, disponibilizando diversos produtos à venda, como lanyards, bonés, camisas, quadros entre outros. E tinham muitas opções de alimentação no festival com diversos tipos de preços também, no geral justos.

Créditos: I Hate Flash

Pontos a melhorar – O sistema cashless não funcionou como esperado no primeiro dia e ninguém conseguia comprar bebida. Era difícil até ver alguém com um copo de bebida na mão dentro do festival e isso foi resolvido no segundo dia, o que deve ter dado um grande prejuízo no faturamento do bar.

O Chef’s Stage era fechado o tempo todo porque estava cheio e a fila de espera para entrar era bem grande. A pista eletrônica só tinha acesso por um lado pra sair, era necessário dar a volta até o outro lado, o que fazia as pessoas andarem mais e com isso perder tempo de correr até outros palcos.

Quem foi de transfer ou tentou pegar Uber/táxi na saída não conseguiu sair tão cedo, pois as ruas estavam completamente engarrafadas.

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