Pulso Entrevista: Érick Dias mostra os detalhes do XXXPerience Festival


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Pulso Entrevista é uma série de bate-papos com produtores, criadores, curadores e todo mundo que faz os nossos queridos festivais acontecerem. Aqui você confere como surgiram esses festivais, o que está envolvido na realização de cada edição, curiosidades e muito mais!

Nascido em 1996, o XXXPerience Festival celebra a música eletrônica e sua cultura, e não à toa é conhecido como o mais tradicional festival de Trance do país, justamente por abrir espaço para essa comunidade de forma pioneira no país. O crescimento do evento a cada ano é a prova de que a aposta foi certeira, e que a paixão o público pelo eletrônico, assim como seu engajamento com a comunidade, se mantém fiéis.

Para saber mais sobre esses 22 anos de XXXPerience, e o que encontraremos na edição desse ano em Itu, conversamos com Érick Dias, sócio-diretor artístico do festival. Confira!

Divulgação

Uma rave, um festival

O XXXPerience Festival é o resultado do crescimento de um projeto que começou como uma rave, em novembro de 1996. Na época, o DJ e ex-dentista Rica Amaral criou a festa, que dois anos depois ganhou mais corpo com o apoio do DF Feio e a No Limits. “O contexto na segunda metade dos anos 90 era totalmente novo para este cenário, o que despertou a atenção das pessoas de forma exponencial”, conta Érick.

Entre os principais desafios de fazer um evento assim naquela década estava encontrar um local que permitisse ao público desfrutar de uma experiência única. Mas a cada edição da rave os resultados eram ainda mais positivos, e o evento cresceu em tamanho e importância, tornando-se o grande protagonista do boom das mega-raves no Brasil. Em números, a Edição Especial do XXXPerience, realizada em 2006, contou com um público de 30 mil pessoas: “Isso sem fazer uso de meios de comunicação de massa como rádio ou TV. A campanha se resumia em flyers e internet onde tínhamos basicamente os fóruns de discussão, o site Balada Planet, o RRAURL e o Orkut”, diz o diretor artístico.

É de se esperar que em 22 anos, o festival tenha lidado com com inúmeros percalços, “incluindo luta contra projetos de lei que visavam proibir eventos desse gênero, lotando ônibus para manifestações em sessões de câmara de vereadores em várias cidades”, ressalta Érick. Entre os momentos mais marcantes, a 100ª edição, que aconteceu no Rio de Janeiro, em 2007, quase foi embargada. Mas, as tempestades inesperadas são o que sempre causam grandes estragos:

“Talvez esse seja o pior dos problemas, as tempestades. Ano passado tivemos uma tempestade que destruiu muita coisa a dois dias do #XXX21, mas, graças a Deus conseguimos reverter em tempo, com esforço muito grande da equipe de produção, colaboradores e fornecedores que deram o sangue para fazer acontecer. Partiu daí a decisão de sair de novembro e nesse ano estamos em setembro.”

Divulgação

Muito eletrônico e muitas experiências

Desde 2004, o XXXPerience acontece na Arena Maeda, em Itu. O espaço combina com o conceito do festival ligado à natureza: “O Maeda está lindíssimo! Muito verde, coqueiros e um fabuloso pôr e nascer do sol… Além, claro, de ser um local estratégico, de fácil acesso para quem vem de Campinas, de São Paulo ou da região metropolitana de Sorocaba, facilitando a produção e o fluxo de entrada e saída de um grande volume de pessoas sem caos”, explica Érick.

A música é o ponto central do festival, que se preocupa em levar o melhor da cena atual para o público, além de artistas que se preocupam não só com o som, mas com a experiência de suas apresentações.

“O lineup é sempre montado com um misto de relevância (nacional e internacional), frescor na proposta artística e capacidade de vender ingressos. Um ponto muito importante que o festival leva em conta é a entrega do show para o público, ou seja, a performance propriamente dita”.

Além das experiências musicais, o público pode esperar sempre experimentações inusitadas e criativas no festival. O XXXPerience ressalta que seu objetivo é encantar as pessoas pela arte, o que significa abusar da cenografia artesanal que é pensada com muito carinho e que ressalta o trabalho de artistas envolvidos 100% no projeto, desde a concepção em 3D até a execução de fato.

Divulgação

XXXPerience Revolution

A cada edição o festival ganha um “codinome” diferente, e em 2018 temos o XXXPerience Revolution, que funcionará como uma continuidade da edição do ano passado, uma evolução do tema “Nonsense Journey: “Batizamos de ‘Revolution 2.2’ pelas mudanças consideráveis que estão sendo apresentadas, sobretudo por desconstruir o conceito de um palco principal e estimular o fluxo e a experimentação de todos os 5 palcos com porte semelhante”.

Esse ano também traz inovações na gastronomia, um rendário como nova área de descanso, e uma configuração diferente quanto à distribuição dos palcos, que será em formato circular, deixando o festival muito mais interativo e atrativo. “Há também algumas surpresas assinadas pelos nossos patrocinadores”.

Para 2019, os planos do XXXPerience são incluir as cidades de Belo Horizonte e Curitiba no caminho do festival, além de surpresas que serão anunciadas no momento exato.

Érick também lembra que um bom festival deve oferecer “a experiência de curtir, e muitas vezes descobrir, a música sem perrengue e, de preferência, com um pano de fundo surreal, que te faça lembrar daquele momento para sempre”. E isso o XXXPerience garante ao seu público!

O XXXPerience Revolution acontece no próximo sábado, 22/09. Os ingressos vão de R$ 143,00 (meia-entrada pista) a R$ 456,00 (inteira camarote). Mais informações no site.

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