Entrevista: Quisemos, Queremos, Quereremos!


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Queremos!, coletivo carioca responsáveis pela inovadora plataforma que conecta fãs, artistas e produtores para promover shows, comemora em novembro 5 anos de existência.

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Alguns dos shows que sempre quisemos – e o Queremos! trouxe

O time é responsável por um dos mais brilhantes cases de empreendedorismo no Brasil, tanto pelo modelo de negócios – eles foram pioneiros em implementar um profissional sistema de crowdsourcing para shows – quanto pela projeção internacional da plataforma, hoje presente em todo o mundo com a bandeira WeDemand!).

Batemos um papo com Pedro Seiler (o quarto da esquerda para direita, na foto de destaque acima), um dos sócio fundadores do Queremos!, para nos contar como eles encaram a cena dos festivais e seus planos de futuro.

(Pulso) Em outubro e novembro, acontecem o Popload e o Sónar São Paulo. O Queremos!, atento a vinda de algumas bandas, montou um circuito com elas. Por que não um festival, como fizeram anos atrás com o ‘Eu Quero Festival!”?

Pedro Seiler: O show exclusivo do artista é mais longo e completo do que de um festival. É outro tipo de experiência, mais próxima do que buscamos com o Queremos!. A maioria dos nomes que estamos fazendo no Rio colocamos a oferta em conjunto com os festivais. Mas por questões de agenda e logística, os shows estão sendo realizados em separado. Não é tão simples simplesmente repetir o festival em outro lugar, tem várias questões que influenciam essa decisão.

(Pulso) Quais são as principais preocupações e mudanças quando o Queremos! promove um show solo e passa a produzir festivais como, Ausländer Musik Festival, Eu Quero Festival e o Rock The Mountain Music Festival?

Pedro Seiler: O Auslander e Rock the Mountain (que na realidade é o mesmo festival, só mudou de nome) não são produzidos pelo Queremos!, esses produtores utilizam a plataforma para viabilizar seus eventos, tendo acesso ao dados fornecidos pelos fãs para tomar decisões, etc. O trabalho é parecido, porém concentrado num espaço de tempo mais curto, e dependendo do tamanho é necessário achar locais que não são utilizados com frequência.

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(Pulso) Como analisa a atuação do Queremos! em meio aos grandes festivais realizados no Brasil como, Rock in Rio, Sónar e Lollapalloza?

Pedro Seiler: Cada festival tem características bem particulares e felizmente nos damos muito bem com todos eles. O nosso foco é sempre ter um calendario anual e bem abrangente.

(Pulso) O Queremos! completou cinco anos. Como você analisa a trajetória do projeto no mercado nacional de shows?

Pedro Seiler: Quando começamos, o Rio estava fora do calendário de shows internacionais independentes. Esse não é mais o caso, com diversos produtores, além de nós mesmos, realizando shows. Ficamos super orgulhosos de ter visto esse cenário mudar radicalmente, principalmente no mercado do Rio, mas agora vendo esse reflexo em outras cidades.

Esperamos que com esse conturbado momento econômico a situação não regrida.

Tame Impala no Circo Voador (RJ), um dos muitos momentos felizes que tivemos por aqui graças ao Queremos!
Tame Impala no Circo Voador (RJ), um dos muitos momentos felizes que assistimos pelo Queremos!

(Pulso) Qual foi o show mais trabalhoso de ser realizado pelo Queremos?

Pedro Seiler: Todos deram bastante trabalho, realizar shows internacionais no Brasil é bastante complexo. O Chemical Brothers, que será dia 29 de novembro no Vivo Rio, além de já ter sido super trabalhoso, envolve uma estrutura de luz, led e a laser que nunca vimos por aqui.

(Pulso) Por que em determinado ponto do projeto vocês mudaram do financiamento coletivo para pré-venda?

Pedro Seiler: O crowdfunding continua disponível, mas agora ele é mais uma possibilidade. Com a construção da plataforma, desenvolvemos uma tecnologia que possibilita uma troca muito maior com os fãs e onde podemos estar sempre sendo surpreendidos. Então achamos justo premiar os fãs mais engajados e que realmente ajudaram a trazer pedidos para as bandas. E podendo ter os pedidos como termômetro do que vai ou não vai virar, podemos nos arriscar e fazer mais shows sem depender do processo, as vezes demorado e trabalhoso, do crowdfunding.

(Pulso) Mais de 100 shows, 10 cidades, 70 pôsteres, 100 mil empolgados , 1 milhão de fãs cadastrados e 2 milhões de pedidos. Quais são os passos e planos do Queremos para os próximos 5 anos? Chega a ser mais ambicioso a ponto de planejar um grande festival?

Pedro Seiler: O plano principal é continuar expandindo ao plataforma e ter cada vez mais produtores e artistas utilizando o Queremos! e o WeDemand (a versão internacional) para realizar seus shows. A ideia é impactar o mercado global de shows e não apenas o do Rio ou Brasil.

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Longa vida, Queremos!

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