Review: Primavera Sound 2017 – Superando Expectativas


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O Primavera Sound é um festival que reúne excelentes condições para o sucesso: boa localização (vibrante Barcelona), excelente espaço (Parc Del Forum tem uma dinâmica ótima para múltiplas atrações) e o ingrediente especial: o povo espanhol.

Antes de continuar a leitura, um convite: já pensou em viajar para o Primavera Sound com a gente? ØCLB journey é nosso programa de viagens em grupo para os mais desejados festivais do mundo! Clique aqui para conhecer os destinos de 2020.

É verdade que segundo os locais, a presença de estrangeiros aumenta mais a cada ano. Porém, nossos primos ibéricos sabem muito bem como comandar uma boa festa.

A distribuição das tendas e palcos considerou claramente a opção mais procurada por shows e a logística para a movimentação dos visitantes entre os espaços se deu de maneira tranquila e contínua.

Viu-se claramente o número de “festeiros” aumentando a cada dia, mas não faltou comida nem bebida para a galera que começou a “bailar” por volta das 16:00 até às 6:00 da manhã durante os dias do festival.

O acesso às pulseiras no primeiro dia pareceu um pouco confuso mas não demorou mais de dez minutos para acessar o complexo de atrações. Com mapas e placas ficou fácil encontrar os locais de cada show e o app desenvolvido facilitou cada visitante a montar sua própria agente para curtir o maior número de atrações possíveis.

Foto Divulgação

Único incomodo em termos de estrutura foi na questão dos banheiros, que entre os concertos ficavam muito sobrecarregados devido ao pouco espaço alocados a eles. As meninas muitas vezes tinham que passar pelos mictórios masculinos o que pode ter causado um pouco de desconforto.

Ir e sair do festival poderia contar com mais transporte público, a procura por táxi era muito grande já que as opções de ônibus eram poucas e a estação de metrô fechava de meia noite às 6:00 da manhã. Mas muitas vezes uma caminhadinha de sobriedade de volta ao hotel foi muito bem vinda também. 🙂

Apesar de contar com outras atrações pela cidade, vou me concentrar nos 3 dias principais no Parc Del Forum.

Quinta-feira dia 01/06

O primeiro dia teve uma concentração de shows menor do que nos dias seguintes. O que na minha opinião foi bom para dar um gostinho do que ainda estava por vir e também para que os visitantes não gastassem toda sua energia já na largada.

O meu primeiro show foi com Elza Soares, que sempre mexe com o seu público de maneira inenarrável.

O dia também contou com os shows de Nikki Lane, que tocou em outros dias também, a delícia de espetáculo da Solange, que numa mistura de muita luz e cor, me remeteu muito ao R&B da década de 70 com muito swing e coreografias, bebendo também na mesma fonte de divas como Tina Turner e Supremes.

Foto Divulgação: Bon Iver

Bon Iver fez um show bem intimista apesar da multidão que os acompanhou, em que cada nota foi muito bem pensada, explorando bem os pontos altos do seu novo álbum.

Infelizmente não pude acompanhar o show do Slayer e Aphex Twin, que segundo as boas línguas fizeram jus à importância de se fechar o primeiro de um festival dessa magnitude.

Sexta feira dia 02/06

Abracei o segundo dia se fosse o último. Com um line-up super especial, esse dia exigiu muita energia pois não havia possibilidade de ficar parado devido às diferentes vertentes de musicas oferecidas nesse dia. Meu dia começou com uma decididos surpresa com Vaadat Charigin, mostraram como se faz bom rock’n roll em Israel.

Corri para pegar um pedaço do show dos caras do Whitney que começou a brindar o público com um balanço bem gostoso.

Em seguida, pra mim veio o show mais energético do festival. Mac Demarco trouxe tudo que poderia ser oferecido de melhor em termos de música. Em termos de performance Mac tomou o palco pra si e fez uma performance inesquecível pelo espontaneidade e precisão artística.

Foto Divulgação: Mac Demarco

O dia só ia melhorando quando logo depois The XX começou a tocar. Todos os hits foram devidamente cantados em coro uníssono dos milhares que esperavam pelo duo.

Jamais cansado, seguimos para as marteladas pesadas dos caras do Run The Jewels. Nessa hora, já se via nos rostos das pessoas o quanto já dançaram pela noite, devido ao suor no rosto e olhares de “manda mais!!”

Run the Jewels literalmente levantou poeira com o rap de beats pesados.

O show contou com um probleminha técnico que fez a performance parar por 5 minutos, porém não afetando em nada a animação do povo que os assistiam.

Logo após, seguimos para o show do Front 242, que foi outro “soco na cabeça “.

Claro que há um quê de nostalgia no ar, que com certeza fez parte da magia de ver essas lendas ao vivo num festival desse. Nessa altas horas de muita música e dança, o corpo já pedia um pouco de desaceleração, quando veio ao palco do anfiteatro Flying Lotus.

Para mim, foi perfeito pois meus pés já pediam arrego e pude apreciar confortavelmente sentado um show que primou pela fluidez e enaltecimento à harmonia das notas combinadas com projeções de imagem que praticamente interpretavam os que escutávamos. Um espetáculo único.

O Flying Lotus deu a deixa para o duo Talaboman que mesmo com o pessoal moído e o sol ensaiando raiar colocou a galera pra dançar de novo.

Depois disso tudo, a valer ainda foi para a praia que ficava ao lado de Parc Del Forum para “unwind” antes de voltar pra casa.

Sábado 03/06

Chegamos como se nada tivesse acontecido no dia anterior.  Tinha a última missão pela frente com um line up clássico e pesado.

Meu dia começou com Van Morrison que me super honrado de ver os caras num festival desse. Tinha muito carrinho de bebê na arquibanca pois papai e mamãe nenhum queria perder uma oportunidade dessa.

Cruzando de um palco a outro segui direto para o show do Metronomy que dividiu a galera com o Teenage Fanclub pois tocavam no mesmo horário. Mas apesar da divisão, todos se reuniram de volta para Grace Jones.

É inegável sua presença de palco e e o espetáculo posto em sua frente.  Outro chão cheio de carrinho de bebês.

Foto Divulgação: Arcade Fire

Os canadenses do Arcade Fire vieram logo em seguida tocando todos os seus novos hits. Interessante que eles fizeram um show surpresa no próprio festival  um dia antes.

O festival ia caminhando para o fim com o Japandroids e Skepta quando mais um show surpresa pintou com as meninas do Haim.

Elas trouxeram uma energia muito boa, animando e preparando as festeiros para DJ Coco fechar o festival com o sol bem já raiado.

Tudo me pareceu bem fluido e bem organizado no tocante a quando e onde cada artista ia tocar. Tudo fez sentido.

Foto: sou aquele ali, de bermuda amarela 😉 

O lugar, a música, as pessoas… Primavera Sound terá que se superar no ano que vem. A conferir!

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